Ministros de Relações Exteriores debatem entrada de países nos Brics

Evento de chanceleres é uma prévia para a cúpula marcada para agosto

Os ministros de Relações Exteriores dos cinco países dos Brics discutem, na cidade do Cabo, na África do Sul, a entrada de novos membros do grupo que hoje reúne Brasil, Rússia, Índia e África do Sul.   

Representando o Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participa do encontro que termina nesta sexta-feira. O evento é uma prévia para a cúpula dos Brics marcada para agosto, também na África do Sul.

Segundo os ministros dos Brics, existem mais de uma dúzia de países com interesse em aderir ao bloco. O chanceler brasileiro destacou que, devido à história de sucesso do bloco, muitos países estão interessados em aderir ao grupo.

“Talvez por causa desse grande sucesso dos Brics, o [grupo] atraiu a atenção de muitos outros países em 15 anos. Estamos trabalhando nessa questão da expansão. Temos que assessorar nossos presidentes para o próximo encontro da cúpula dos Brics, em agosto”.

Segundo os ministros dos Brics, existem mais de uma dúzia de países com interesse em aderir ao bloco.

Entre os ativos do bloco está o Banco de Desenvolvimento dos Brics que já aprovou mais de 32 bilhões de dólares em financiamentos. Em entrevista divulgada nesta sexta-feira, e realizada pela mídia internacional GCTN, com sede na China, a presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como banco dos Brics, Dilma Roussef, reforçou a importância de expandir os laços entre os países do mundo em desenvolvimento.

“A nova força está em quanto mais países do sul global nós atrairmos. O banco dos Brics não é uma plataforma de financiamento, é de cooperação e de construção do multilateralismo. O mundo está em transição, uma nova ordem não nasceu inteiramente e a antiga não morreu inteiramente, mas o mundo caminha para a multipolaridade e o multilateralismo”.

Ainda segundo a ex-presidenta Dilma Rousseff, outro projeto do banco é expandir o uso de moedas locais nos financiamentos da instituição dos atuais 22% para 30% do total. 

Foto: Marcelo Camargo/ABr

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