MPDFT questiona Sandra Faraj e Raimundo Ribeiro sobre programas de TV
Segundo denúncia, recursos para pagar veiculação na TV Brasília teriam “origem duvidosa”. Distritais negam irregularidades
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) analisa denúncia de irregularidades na veiculação de programas de TV mantidos pelos deputados Raimundo Ribeiro (PPS) e Sandra Faraj (PR). O pedido de investigação, levado à Ouvidoria do MPDFT, diz que as atrações seriam pagas “com recursos duvidosos” e teriam o objetivo de “alienar a população”. Os dois shows são veiculados aos sábados na TV Brasília, afiliada à RedeTV!.
Além dos dois distritais e dos respectivos programas televisivos, o ex-vice-governador Paulo Octávio (PP), proprietário da TV Brasília, é citado na representação protocolada no Ministério Público.
O promotor de Justiça Roberto Carlos Silva, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), notificou a TV Brasília e pediu cópia das mídias dos programas dos dois distritais. O prazo de 90 dias dado à emissora vence na sexta-feira (6/4).
No despacho, o promotor pede ainda que a TV Brasília detalhe como é feito o pagamento, por parte dos deputados, para a veiculação das atrações, as quais custam cerca de R$ 16 mil mensais.
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No semanário evangélico Programa Ministério da Fé, dedicado a debater temas ligados aos fiéis da organização religiosa na qual Sandra é pastora, a deputada tem um bloco inteiro. No caso de Ribeiro, ele recebe convidados para discutir assuntos políticos e do cotidiano de Brasília no Programa Tribunal Livre.
Procurados pela reportagem, os deputados negaram que haja recursos públicos envolvidos na veiculação dos semanários televisivos. Sandra Faraj disse que a atração “é mantida com dinheiro do Ministério da Fé”.
Raimundo Ribeiro, no entanto, não explicou como banca a iniciativa. O deputado afirmou que “o projeto é particular e não tem vínculo com sua atividade parlamentar”.
Por meio de assessoria, Paulo Octávio disse ao Metrópoles que ainda não foi notificado sobre o caso. Já a TV Brasília não havia se manifestado até a última atualização deste texto.
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