Mulheres tucanas querem Yeda para impedir o racha do PSDB nacional
A candidatura da deputada federal Yeda Crusius a presidente nacional do PSDB ganha força. Na última quinta-feira ela teve o apoio discreto do atual presidente, o ex-governador e candidato derrotado nas últimas eleições, Geraldo Alckmin. Além disso, cresce em todos os segmentos femininos do partido a ideia de colocara ex-governadora do Rio Grande do Sul no comando nacional da legenda.
O nome dela surgiu como um furacão. Terça-feira passada, numa reunião da bancada feminina no Congresso, em Brasília, a senadora eleita de São Paulo, e ainda deputada federal, Mara Cristina Gabrilli, lançou a ideia. Afinal, Yeda reúne condições simbólicas, por ser mulher, estratégica, por vir de um estado em que o governador eleito, Eduardo Leite, e o prefeito da capital, Nelson Marchezan Filho, pertencem ao PSDB. Também pesa o fato de ela ser um quadro de fora de São Paulo. Tudo isto somaria favoravelmente .
Entretanto, um dos objetivos principais de uma candidatura gaúcha seria estancar a hemorragia tucana que está em processo, liderada pelo governador eleito de São Paulo, João Doria Júnior. Os dois gaúchos, estariam costeando o alambrado, bandeando-se -para as hostes de João Doria. Yeda criaria um constrangimento para a deserção daqueles dois e uma garantia para assegurar a unidade do PSDB, pois faz parte do núcleo fundador histórico.
O racha do PSDB de São Paulo pode contaminar toda a agremiação. Neste sentido, já está em curso um movimento para a criação de um novo partido. Neste sentido, os tucanos históricos poderiam compor com egressos de outros partidos esfacelados para compor uma frente, como propõe senador gaúcho Paulo Paim. O parlamentar registrou em cartório a denominação “Frente Ampla pelo Brasil”, para organizar a oposição ao governo de Jair Bolsonaro, com o objetivo de captar apoios, propondo incluir o PT sem necessidade de protagonismo do Partido dos Trabalhadores. “Podemos ter o vice”, diz Paim.
Em tom jocoso, alguns críticos, que não acreditam que Yeda Crusius possa chegar a comandar o PSDB e impedir o apoio dos tucanos gaúchos ao governo federal, comparam a ex-governadora à ex-presidente Dilma Rousseff. Como Dilma, Yeda nasceu em Minas Gerais, teve sua iniciação política em São Paulo, casou-se com um gaúcho e virou chefe política no Rio Grande do Sul.
Fonte: Blog Edgar Lisboa
Foto: Reprodução