No Dia Nacional do Samba, atrativos turísticos trazem a história do ritmo
Rio de Janeiro e Salvador são alguns dos destinos que atrai milhares de turistas ao nosso país
“Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé”. É com a citação do saudoso Dorival Caymmi que o Ministério do Turismo celebra o Dia Nacional do Samba, comemorado neste 2 de dezembro. Ritmo que para o mundo é um dos símbolos e atrativos mais importantes e característicos do nosso País, tombado como Patrimônio Cultural do Brasil, e tem no samba de roda, originado na região do Recôncavo Baiano, o reconhecimento internacional da Unesco como Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade.
Além de todo o reconhecimento, o samba arrasta milhares de turistas para destinos nacionais como o Rio de Janeiro e Bahia. Na capital fluminense, a Lapa, bairro boêmio do centro da cidade, é o ponto de encontro dos apaixonados pela cadência desse batuque com os diferentes “sotaques” do samba brasileiro. O ritmo, que no início do século passado era discriminado como herança da escravidão, hoje está na alma do carioca. A Cidade Maravilhosa respira samba o ano inteiro e oferece uma infinidade de “rodas de samba” que unem a diversidade e o swing do país inteiro.
Outro ponto de encontro dos sambistas é no morro da Mangueira. Além da quadra de ensaios da Escola de Samba, uma das mais visitadas pelos turistas, é lá que fica o Centro Cultural Cartola e o Museu do Samba. Os morros do Salgueiro e São Carlos, assim como os bairros Estácio de Sá e Osvaldo Cruz também são considerados berços do estilo musical.
Na Bahia, o samba de roda surgiu no século XVII e está totalmente relacionado à roda de capoeira, que envolve música e lutas, e aos orixás, entidades espirituais africanas. É no Recôncavo Baiano que os turistas podem aproveitar um pouco dessa tradição africana que traz ainda um pouco da cultura portuguesa. Um exemplo disso é que o ritmo faz uso de alguns instrumentos, como a viola, além das letras das músicas que são cantadas totalmente na língua portuguesa.
O estado traz diversas atrações para quem quer dar uma boa mexida nos pés. Em Salvador (BA), a famosa roda de samba no Santo Antônio é o chamariz dos turistas. Lá, eles ainda podem encontrar a Casa Ciranda e o evento “Sambalá no Quintal – Rodas de Samba, alegria e amor” que acontece mensalmente com uma vista linda para a Baía de Todos os Santos. Também podem conferir a Caminhada do Samba, realizada anualmente um domingo antes do Dia do Samba. E não podem faltar as tradicionais Rodas de Samba do Bloco Pagode Total, Samba na Feira e o Samba do Vi Kem Ké.
Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o Dia do Samba não merece ser comemorado só em um dia, mas em todos os dias do ano. “Essa é uma das manifestações culturais mais típicas do Brasil e que atrai todo ano milhões de turistas que querem aproveitar um pouco desse ritmo contagiantes. Vamos juntos comemorar este gênero que, além de mostrar a identidade do povo brasileiro, traz alegria a milhares de pessoas e famílias em todo o nosso país”, destacou.
Por Victor Maciel
Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
Foto: Arquivo/Iphan