O NOME DELE ERA ENÉAS!!
Há onze anos, em 6 de maio de 2007, nos deixou, na cidade do Rio de Janeiro, um homem ímpar e de cultura vasta. Um homem de ideias. Que sucedeu o escritor católico Plínio Salgado no ideário nacionalista-conservador.
E deixou um legado por meio do PRONA. Uma luta em prol do Brasil. Defendendo um Estado soberano e forte, num viés contra o liberalismo e totalitarismo. Tendo como base o princípio da ordem, do respeito, da disciplina e na autoridade.
Dr. Enéas Ferreira Carneiro, nasceu na cidade de Rio Branco, no Acre (AC), em 5 de novembro de 1938. Sendo filho do barbeiro Eustáquio José Carneiro e da dona de casa e artesã Mina Ferreira Carneiro. Ficou órfão aos nove anos de idade.
Trabalhou desde a tenra idade. Cursou o primário no Grupo Escolar 24 de Maio, em Rio Branco, e o curso ginasial e o curso científico no Colégio Estadual Paes de Carvalho, em Belém do Pará, sempre ficando em primeiro lugar com notas altíssimas.
Em 1958, pegou um Itá no norte e ingressou na Escola de Saúde do Exército, no Rio de Janeiro. Formou-se terceiro-sargento auxiliar de anestesiologia, tendo sido novamente o melhor aluno. Depois se formou em Medicina com brilhantismo, especializando-se em cardiologia.
No ano de 1968, graduou-se no curso de licenciatura, em Matemática e Física na Universidade do Estado da Guanabara (atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ).
Foi professor e diretor do curso pré-universitário Gradiente lecionando Física, Matemática, Biologia, Química e Língua Portuguesa.
Em 1977, lançou o renomado livro “O Eletrocardiograma” já na condição de Mestre em Cardiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. O best-seller no assunto foi apelidado pelos estudantes de medicina como “A Bíblia do Dr. Enéas” com 622 páginas e diversas edições.
Foi presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro no biênio 1986/1988.
Durante décadas foi médico clinicando em seu consultório no Rio de Janeiro, e na condição de professor de Eletrocardiograma, ministrou aulas para mais de 30 mil médicos. Foi médico do INCA-Instituto Nacional do Câncer.
Foi um homem de profundo conhecimento e leitura em diversas áreas tais como: Filosofia, Sociologia, Psicologia, Estruturalismo, Linguística, Paleoantropologia, Direito Constitucional, Teoria Geral do Estado, Macroeconomia, História, Geologia, Climatologia, Cibernética, Astrofísica e principalmente Medicina e Política.
Nas horas vagas, com sua luneta, estudava a respeito das constelações. Era um homem disciplinado, principalmente com horário. Nunca chegava atrasado a nenhum compromisso.
Carnívoro praticante, fazia restrições ao uso de adoçantes, margarina, chicletes e refrigerantes, além de antitabagista.
Em 1989, diante da situação crítica do País, principalmente na área de saúde, Dr. Enéas Carneiro com amigos médicos fundou o Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA), travando uma batalha solitária contra o poderio econômico, em prol da soberania brasileira. Uma batalha contra a esquerda festiva.
Com apenas 15 segundos no horário eleitoral, disputou à Presidência da República em 1989. De maneira virulenta e não convencional, obteve mais de 360 mil votos, principalmente no eixo Rio e São Paulo.
Nas eleições presidenciais de 1994, Dr. Enéas Carneiro, com um 1 minuto e 17 segundos na propaganda eleitoral, conseguiu a notável votação de 4,6 milhões de votos, sendo o terceiro candidato mais votado à Presidência naquelas eleições, á frente de candidatos consagrados como Leonel Brizola e Espiridião Amim.
Candidato à Presidência em 1998, o Dr. Enéas Carneiro obteve 1,407 milhão de votos, propondo que o Brasil não assinasse o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. Foi injustamente atacado pela imprensa que não entendia o seu posicionamento nacionalista.
Foi candidato derrotado à Prefeitura de SP, travando um debate histórico com o ex-presidente Fernando Collor, e com a deputada petista Marta Suplicy.
Tendo em vista a aprovação no governo FHC da cláusula de desempenho, depois declarada inconstitucional, resolveu ser candidato a Deputado Federal pelo Estado de SP. Obtendo 1 576 040 votos, a maior votação de toda vida do parlamento.
Na tribuna, denunciou a privatização como um crime de lesa-pátria a “doação” da Vale do Rio Doce, bem como a cobrança dos juros exorbitantes da dívida externa. Fez críticas ao neoliberalismo. Defendeu, isoladamente, o Estado mínimo necessário, opondo-se também a legalização das drogas e do aborto além da defesa intransigente da Amazônia, dos recursos minerais em especial o nióbio. Denunciou o imperialismo contraceptivo, lutou por um País livre das garras do capitalismo financeiro internacional, das mazelas socialistas, e principalmente a luta para estabelecer a ordem e o respeito pelo nosso amado Brasil.
Apresentou proposição que proibia a produção e comercialização de alimentos em forma de cigarros e outro projeto que substituía os combustíveis derivados de petróleo por outros produzidos a partir da biomassa. Além da defesa de investimentos no programa nuclear brasileiro e nas forças armadas.
Reeleito Deputado Federal em 2006, foi acometido de uma leucemia e desiludido com a traição dos deputados eleitos pelo PRONA/SP, envolvidos no escândalo do mensalão, com exceção do ínclito médico dep. Elimar Máximo Damasceno. Resolveu extinguir o partido dizendo “O PRONA nasceu comigo e morrerá comigo, se fizerem isso em vida o que não farão depois da minha morte”.
Faleceu o Dr. Enéas Carneiro na cidade Rio de Janeiro, a 6 de maio de 2007, ao lado das suas três filhas, aos 68 anos de idade, já sem a sua famosa e marcante barba.
A nossa singela homenagem de seu correligionário, admirador, advogado e amigo, saudando todos os antigos eleitores e filiados leais do PRONA, que até hoje reverenciam o legado deixado pelo saudoso Dr. Enéas Ferreira Carneiro.
Se estivesse vivo, estaria da linha de frente do cenário político nacional, afinal o Dr. Enéas Ferreira Carneiro foi o melhor presidente que o Brasil não teve.
Por Prof. Paulo Fernando (Gentilmente disponibilizou este artigo para o Brasília In Foco News)
Foto: Arquivo/TV Cultura