“O trabalho da PF sempre foi técnico”, diz diretor-geral sobre Lula
Questionado sobre chance de prisão de ex-presidente, Fernando Segovia se limita a dizer que “essa questão está com o Poder Judiciário”
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, afirmou nessa terça-feira (30/1) que as investigações da corporação no âmbito da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região não foram motivadas por questões políticas. “O trabalho da Polícia Federal sempre foi técnico e profissional”, afirmou Segovia durante posse do novo superintendente da PF em Minas Gerais, Rodrigo de Melo Teixeira.
A defesa do petista alega que o resultado do julgamento realizado no dia 24, em Porto Alegre, obedeceu a critérios políticos e, não, técnicos.
Questionado sobre a preparação da PF para o momento em que terá de cumprir a ordem de prisão contra o ex-presidente, conforme publicado pela Coluna do Estadão na semana passada, Segovia afirmou: “Essa questão está com o Poder Judiciário. Não tem o que dizer sobre o assunto”, disse.
Sobre o resultado da sessão do TRF-4, de 3 a 0 pela condenação e ampliação da pena de Lula, Segovia disse apenas que o tema “é uma decisão judicial”.
O diretor-geral admitiu ter havido uma “queda natural” no ritmo das investigações da Operação Lava Jato pelo país desde que assumiu o cargo, em novembro. “Na realidade, a gente está fortalecendo. O que houve foi uma queda natural pelas substituições dos comandos dentro dos Estados, seguido do período do Natal. Normalmente, nas férias, há uma queda do efetivo, mas as investigações continuam e a gente vai ter frutos logo, logo no país.”
Segovia reafirmou a intenção de concluir, até agosto, 273 investigações no âmbito de inquéritos que estão no Supremo Tribunal Federal (STF). Desse total, conforme ele, 15% são relativos a envolvidos na Lava Jato.
Fonte: AGÊNCIA ESTADO/ESTADÃO CONTEÚDO
Foto: ZECA RIBEIRO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ARQUIVO