Olhos voltados para a decisão do governador eleito. O que aguarda o secretário de Saúde?
Não basta ser só um nome ou indicação forte, tem que ter conhecimento, coragem e trazer a articulação e a solução para a saúde do Distrito Federal.
É claro que a nomeação do secretário é de livre provimento do governador. E ela deve ser certeira pois a má gestão da Saúde foi a responsável pela queda dos dois últimos governos. É preciso um raio-X minucioso da situação da Saúde. Saber, de verdade, o que enfrentam hoje a população e os servidores. Uma auditoria poderia trazer um relatório da realidade da pasta hoje.
Saiba o que espera o próximo secretário de Saúde. O Distrito Federal tem hoje:
4 mil servidores todos os meses com horas extras e TPD atrasadas / Valor mensal estimado de R$ 5 milhões
Servidores superendividados com o BRB
Plantonistas sem refeição
1.090 servidores aguardando aposentadorias em 2019
Servidores aguardam pagamento da GATA, isonomia e 3ª parcela do reajuste dos médicos, enfermeiros, odontólogos, especialistas e demais carreiras que estão na SES – valor total de R$ 1,2 bilhão/ano
2 mil servidores aguardando pagamento de pecúnias – aposentados de 2016 e 2017 ainda aguardam o pagamento de mais de R$ 270 milhões
Aproximadamente 3.300 pedidos de ampliação de 40h. Desses, menos de 15% de médicos
40 mil profissionais afastados por problemas de saúde e doença entre 2015 e 2017
529 servidores da Saúde afastados em 2017 por transtornos mentais
2.900 afastados na Saúde por motivos diversos de janeiro a junho de 2018
Pediatrias de emergência fechadas em várias cidades
UPAs sem estrutura mínima e sem profissionais
Unidades em bandeira vermelha
Centros de Saúde fechados
Maioria dos hospitais com falta de insumos básicos, medicamentos e equipamentos
Farmácia de alto de custo com medicamentos zerados
Atenção Primária sucateada
Equipes incompletas e desvalorizadas
Hospitais sucateados
Calotes em contratos
Licitações suspeitas
Diversas ações judiciais
Ambulâncias sucateadas
Regulação insuficiente
A segunda pior capital em oferta de leitos na UTI – Tem 0,91 leitos para cada 10 mil pessoas. O recomendado é entre 1 e um 3 leitos.
Qual o tamanho do poder do secretário de Saúde? Será como nas gestões anteriores, quando as indicações caíam de paraquedas? Os recursos serão utilizados na melhoria dos serviços e valorização dos servidores?
Como as decisões dele vão impactar na vida da população e dos 35 mil servidores da pasta? São questionamentos que o novo secretário deverá responder com muita responsabilidade e compromisso.
O servidor está infeliz com o abandono praticado atualmente com a Secretaria de Saúde do DF e quer mudanças urgentes e concretas.
Fonte: SindSaúde DF
Imagens: Dico Artista