Polícia Militar receberá 299 novas viaturas até junho. Veja fotos

 

O contrato esteve no centro do escândalo investigado pela Operação Mamon, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)

A Polícia Militar está prestes a receber uma nova frota de viaturas. As imagens dos veículos começaram a circular nas redes sociais. Segundo a corporação, são 299 utilitários modelo ASX, da Mitsubishi.

Metrópoles apurou que o contrato inicial foi orçado no valor de R$ 124,3 mil cada e o negócio esteve no centro do escândalo investigado pela Operação Mamon, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), deflagrada em novembro do ano passado.

Os novos automóveis deverão ser entregues até junho e se somarão às outras 145 viaturas recém-adquiridas – Corollas XEI, no valor de R$ 100,3 mil cada.

A corporação defende que as aquisições trazem benefícios para os moradores porque os carros chegam para melhorar a qualidade do trabalho policial e dar maior agilidade no atendimento às ocorrências.

O modelo das imagens é de teste de plotagem. Confira:

 

Operação Mamon
Promotores da Justiça Militar (PJM), do Centro de Informações (CI) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) suspeitam que licitações das novas ASX Mitsubishi podem ter sido direcionadas e propinas cobradas em troca do pagamento das notas de serviço.

Outro contrato na mira da operação é o de compra de rádios para as viaturas adquiridas no final de 2016 e entregues em agosto do ano passado. Cada equipamento custou R$ 6,6 mil e as unidades chegaram a ser reprovadas por um especialista, que acabou afastado do cargo.

As apurações — feitas com a colaboração da Corregedoria da PMDF — também identificaram, entre outros crimes, que responsáveis pelos pagamentos no Departamento de Logística e Finanças (DLF) da PM faziam “vista grossa” para um esquema que envolvia a manutenção das viaturas modelo Pajero. Peças dos veículos, que deveriam ser trocadas, jamais eram substituídas, apesar de os pagamentos serem feitos.

Durante a primeira fase da ação, o coronel Francisco Feitosa, então chefe do DLF, foi preso. Os promotores cumpriram mandado de busca e apreensão na residência dele, em Vicente Pires. O coronel é suspeito de exigir propina para a liberação dos valores devidos pela corporação aos serviços prestados por empresários. O militar ganhou a liberdade provisória em janeiro deste ano. Ele também conseguiu ser aposentado e transferido para a reserva remunerada com o salário de R$ 17,6 mil.

Dezenas de documentos relacionados aos contratos de manutenção, computadores e pendrives foram apreendidos pelos promotores na operação. Existem indícios de que o esquema teria se perpetuado nos últimos cinco anos, sempre beneficiando oficiais do DLF.

 

Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução

 

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