Postura é de mudanças no país, prevê Deputado
O deputado Márcio Biolchi (MDB-RS), que retorna ao Congresso Nacional, depois de quatro anos à frente da Secretaria de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais do Governo do Rio Grande do Sul, avalia que nos cerca de 30 dias que faltam para terminar a atual legislatura, dá apenas para retomar parte das questões que estavam paralisadas ainda devido a agenda eleitoral. Para o parlamentar que foi reeleito, a expectativa é de que, pela postura do novo presidente, haja muitas mudanças “até porque nós tivemos um governo nestes últimos dois anos que se entendia como um governo de transição, que enfrentou vários problemas; mas que sempre se definiu dessa maneira”.
Debates Calorosos
O parlamentar tem expectativa também quanto à renovação que teve na Câmara, “nós estamos aí com mais da metade dos deputados que não se reelegeram, e, que, portanto, serão substituídos por parlamentares novos”. Disse que em conversas com alguns colegas, observou que há expectativa em relação aos novos parlamentares. Argumenta que essa representação nova que está vindo, “tem posições bem distintas, quer dizer, bem definidas. Então eu acho que em relação à Câmara, em especial ao Congresso, nós vamos ter um período caloroso em relação a debates”.
Desafio do Presidente
Para Márcio Biolchi, o desafio do novo Presidente da República “será conseguir buscar uma agenda que engaje, que traga a seus eleitores a base aqui na Câmara e no Senado àquilo que realmente vai se construir como um legado para o futuro”. Na opinião do emedebista, “Bolsonaro se elegeu muito por marcar posições em relação àquilo que ele é contrário, em relação aqueles pontos que ele questiona, que ele crítica. Isso foi somando o apoio que gerou o núcleo necessário para ele ganhar a eleição”.
Rejeição ao PT
Outro fator indiscutivelmente, é a rejeição ao PT em relação a tudo que aconteceu, envolvendo as administrações do Partido dos Trabalhadores, o ex-presidente Lula e, em relação a casos de corrupção”, enfatizou Biolchi. O parlamentar destaca que, “é imperioso que o próximo presidente encontre essa agenda propositiva, que ele deixe o governo operar naquilo que ele pode fazer pelo País. Se não, eu creio que nós vamos viver um período de conflito, de debate; mas pouca proposição, pouca solução para os problemas. Esse é o principal desafio”. E assinala ainda que “a eleição terminou, é importante que a gente saiba que ninguém vai abrir mão das suas posições, em especial as lideranças políticas; quem perdeu a eleição vai tentar fazer uma oposição ferrenha, mas quem ganhou, cabe a quem ganhou encontrar esse caminho, essa agenda. E acho que nessa fase de transição os acertos até vêm acontecendo em relação a nomes de composição de governo, e muito mais”.
Sucesso e Fracasso
“Mas as ações que o novo governo vai protagonizar é que eu acho que é o segredo entre o sucesso e o fracasso”, avaliou Márcio Biolchi, acrescentando que, “o presidente eleito tem muito capital lá na rua e aqui dentro do Congresso também. E é um capital interessante, porque ele não é da relação do varejo, é do atacado, é daquilo que fez o Bolsonaro presidente eleito”. Segundo o parlamentar, “essa expectativa de mudança dar para ele esse crédito, essa liberdade de provocar essas alterações. Agora ele vai ter que transformar isso em medidas propositivas, que, eu não vou dizer que unifique o País, mas que o País reconheça como importante para todo mundo, e não apenas de marcação de direita, esquerda, de governo que está vindo ou de governo que está deixando”.
Fonte: Blog Edgar Lisboa / Agência Digital News
Foto: Reprodução