Premiê japonês pede investigação de casos suspeitos de abuso infantil

 

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, determinou que sejam feitas, dentro de um mês, investigações de emergência de possíveis casos de abuso infantil para confirmar a segurança das crianças.

Em reunião de ministros, Abe pediu que sejam verificados todos os casos suspeitos de abuso que estão sendo tratados atualmente nos centros de bem-estar infantil.

A ordem ocorre depois da detenção dos pais de uma menina de 10 anos, na província de Chiba, próxima a Tóquio, acusados de terem feito lesões que causaram a morte da filha.

Abe disse que é lamentável que escolas, comitês de educação e centros de bem-estar infantil, que, supostamente deveriam proteger as crianças, tenham falhado ao ouvir os pedidos de socorro da menina.

Ele acrescentou que deve ser dada prioridade à proteção das vidas das crianças e pediu esforços para eliminar o abuso infantil.

ONU

O Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança pediu ao governo japonês que proíba o castigo físico aplicado às crianças em casa.

O comitê avalia a situação dos direitos humanos nos países, com base na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança.

Nessa quinta-feira (7), em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, representantes do comitê divulgaram os resultados da revisão das condições de direitos humanos no Japão.

Segundo o relato, a lei japonesa não proíbe completamente o castigo físico às crianças em casa. Acrescentou que a punição corporal deve ser clara e completamente proibida, mesmo sendo leve.

Um repórter perguntou sobre as opiniões do comitê a respeito do caso da menina de 10 anos que, recentemente, morreu em consequência de possíveis abusos cometidos por seus pais.

Um dos integrantes do órgão disse que a menina deve ter pedido ajuda a muitos adultos, mas nenhum deles tentou protegê-la. O especialista afirmou que a tragédia nunca mais deverá se repetir.

*Com informações da NHK (emissora pública de televisão do Japão)

 

Fonte: Agência Brasil – EBC

Foto: Kimimasa Mayama/EPA

 

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