Previdência separada
Na opinião do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), o presidente Jair Bolsonaro deveria ter mandado para o Congresso Nacional, a previdência dos militares separada da questão da carreira. Segundo o parlamentar, isso vai significar muito debate no Congresso. “Acho uma pena, porque eu entendo os anseios dos militares”. Na avaliação de van Hattem, “a gente vê no texto que existe muita defasagem em relação aquilo que outras categorias recebem, mas realmente isto está gerando muito mal-estar no Congresso e também nos outros militares, nos estaduais, enfim, porque no final das contas acabam se misturando dois assuntos que não deveriam se misturar”, opinou o congressista gaúcho.
Corrigir Distorções
A reforma da previdência vem para fazer que o sistema previdenciário brasileiro seja mais justo, afirma o deputado Marcel van Hattem. “Nós não podemos conviver com uma situação que transfere dinheiro dos mais pobres para os mais ricos. Devemos diminuir o fosso que há hoje entre as categorias de cidadãos que são vistos como tais”.
Segundo o parlamentar, “se avaliarmos hoje a previdência no Brasil, em média, um trabalhador da iniciativa privada se aposenta com R$ 1.200 e no serviço público, com mais de R$ 9.100”. Na visão do Congressista, “uma tremenda injustiça, precisamos corrigir essas distorções”.
Brasil mais justo
O deputado lembra que o Parlamento está sendo chamado pela sociedade brasileira que quer uma Nação que volte a ser admirada. Hattem enfatiza que “o partido Novo defende uma reforma da previdência que combata privilégios, equalize a todos e faça que tenhamos um Brasil mais justo”.
Pacote anticrime
O deputado Ubiratan Sanderson (PSL-RS) quer urgência no trâmite do pacote anticrime, assim como no caso do projeto de lei que prevê o fim do foro privilegiado. O parlamentar esteve com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, a quem reafirmou o apoio para que o “pacote anticrime e de combate à corrupção seja encaminhado para a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime organizado”.
Moro no Senado
O ministro Sérgio Moro estará hoje (27), às 10h, no Senado para defender o seu pacote anticrime e de combate à corrupção. Poucos dias depois do embate público com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O convite é do senador gaúcho, Lasier Martins (PODE-RS), que fará a recepção ao ministro na Comissão de Constituição e Justiça. O senador já havia defendido Sérgio Moro na semana passada logo após as duras críticas do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), em meio à queda de braço com o Palácio do Planalto.
Ataques ao Supremo
Os deputados Afonso Motta e Pompeo de Mattos, do PDT, do Rio Grande do Sul, e Otoni de Paula (PSC-RJ), avaliaram a decisão do STF de abrir inquérito para apurar notícias falsas ameaças contra membros do Supremo. O deputado Pompeo de Mattos avalia que o Poder Judiciário está tomado pelo ativismo político. Para o parlamentar gaúcho fazer críticas ao judiciário é válido, mas atacar as instituições não é aceitável porque juízes passam, mas as instituições ficam. Na avaliação de Afonso Motta, é incabível imaginar uma ruptura entre as instituições democráticas apenas por haver discordâncias com o posicionamento do STF no julgamento sobre crimes eleitorais. Na opinião do pedetista a ruptura representa um atentado a qualquer um dos poderes da República.
Decepção da sociedade
Já o parlamentar carioca acredita que não existe nenhuma conspiração orquestrada por grupos internacionais ou pessoas financiadas para atacar o STF. Na opinião de Otoni de Paula, a falta de respeito do povo com a Suprema Corte reflete a decepção da sociedade com o Poder Judiciário. Segundo o deputado, “a população tem a sensação que o Supremo é um centro de interesses e não uma casa de justiça”.
A coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comércio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul
Fonte: Blog Edgar Lisboa – Fotos: Reprodução