PROJETO DA EXTINÇÃO – GUERRA SE GANHA COM ESTRATÉGIA

 

Por Marli Rodrigues

Sun Tzu, grande General Chinês (496 a.C),  ensina em “A arte da guerra” que “(…) tática sem estratégia é o ruído que antecede a derrota!”

Esse ensinamento deve servir de inspiração ao momento atual que vivemos com o temor “provocado” pelo projeto conhecido como “PL da extinção”.

Passado o frenesi causado pela surpresa que assolou a todos, começaram a surgir questionamentos e movimentações dos grupos. Todos se opõem ao projeto e cada um usa uma tática diferente para convencer a categoria de que está fazendo mais.

O SindSaúde tem um histórico de luta conhecido por todos! Não precisamos aderir a nenhum movimento de ocasião, porque nunca deixamos a fronteira. Todas as vitórias da categoria foram  defendidas e conquistadas por nós e inspiraram outras carreiras. Todos os grandes embates foram capitaneados por nós! Todos se lembram que foi o SindSaúde que negociou e conseguiu o abono de ponto na greve de 2015 para TODAS as categorias!  TODAS!!

Lutamos de forma incansável para que o projeto do Instituto Hospital de Base não fosse aprovado. Convocamos os colegas para ajudar na resistência e convencimento dos parlamentares. Tínhamos consciência que era um caminho sem volta. Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) permitindo a terceirização até na atividade-fim (projeto de Lei nº 6787), caiu a última barreira para que esse processo avançasse.

Agora, estamos frente à mais uma batalha. O projeto apresentado traz uma redação hostil para os trabalhadores quando usa a palavra ácida “EXTINÇÃO” e não explica, no corpo do texto, o que seria extinto. Deixa sentido dúbio e cada um usou e interpretou da forma que bem quis. Cabe ao SindSaúde articular a proteção das carreiras de assistência pública da Saúde. Vamos blindar os nossos direitos suprimindo de imediato o dispositivo (art. 11) do PL  que fala em extinguir e propor a lotação negociada! Qualquer trabalhador insatisfeito é improdutivo. O governo está apenas começando, temos LOCAL DE FALA e iremos esgotar todas as possibilidades de negociação. A valorização do servidor é premissa básica para resgatar a nossa Saúde  Pública.

A situação tensionou em função da forma como o mesmo foi apresentado à categoria de Saúde. Passado o susto inicial, começamos as tratativas para impedir que os nossos direitos sejam violados. Porém, esse projeto não irá nos desviar de nosso foco que é o pagamento de nossa incorporação da GATA, da diferença da Isonomia, a última parcela do reajuste dos especialistas e a nossa RECOMPOSIÇÃO SALARIAL, além da revisão de todo o plano de carreira.

Não somos calouros nesse processo político e sabemos que essa celeuma toda pode ser uma cortina de fumaça para nos desviar de nosso objetivo principal.

Não seremos massa de manobra e nem permitiremos que políticos capitalizem a nossa angústia e se promovam com a nossa situação. Quem quiser fazer guerrilhas e embates ideológicos que o façam. Que fiquem presos a táticas de autopromoção! Esse é o ruído que antecede a derrota.

Nós temos a estratégia para alcançar os resultados que precisamos! E vamos usar. Estivemos durante vários anos no front, na linha de frente, e muitos na sombra, esperando o nosso sangue ser derramado.

Fizemos um embate hercúleo e solitário para combater os desmandos de Rollemberg.  Muita gente se juntou, encenou união e nos jogou sozinhos na arena. Aprendemos a lição!

Não faremos luta fraticida e kamikase para promover ninguém que quer tirar proveito político do momento. Em vez de ficarmos chorando o leite derramado de uma lei que já foi aprovada com a presença mínima de servidores, em 2016, e abriu brecha para outro modelo de gestão, é a hora de nos articular e proteger as carreiras, fortalecendo-as e modernizando-as.

Se atentem à realidade global. Continuaremos a ser servidores públicos. E para não sermos extintos, precisamos nos reinventar. Estamos desenvolvendo soluções!

Algumas batalhas podem até ser ganhas com táticas no front, mas a GUERRA se ganha com ESTRATÉGIA bem articulada!

SINDSAÚDE SEMPRE NA LUTA!

 

Fonte: SindSaúde DF

Imagem: Éder Oliveira

 

Deixe seu comentário