Protestos na Catalunha deixam 98 feridos

 

Mais de 50 mil pessoas saíram às ruas para protestarem contra a detenção de Carles Puigdemont

No domingo (25), após o anúncio da detenção do ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont,  na Alemanha, milhares de catalães saíram às ruas para manifestarem o seu desagrado e pedirem liberdade para os presos políticos.

O balanço dos serviços médicos catalães informa 98 feridos na sequência dos confrontos entre manifestantes e a polícia. A maior parte dos incidentes ocorreu em Barcelona – onde há registro de 90 feridos, incluindo 13 membros dos Mossos d´Esquadra -, existindo ainda sete feridos registrados em Lleida e um Tarragona.

Em frente à delegação do governo e em várias ruas de Barcelona, em que manifestantes incendiaram dezenas de contentores de lixo, a polícia regional fez nove detenções por atentado à autoridade e identificou várias pessoas que estavam nas manifestações convocadas pelos autodenominados Comitês de Defesa da República, incluindo um agente da polícia catalã que não estava de serviço.

Os comitês encerraram ao fim da noite os protestos em Barcelona, mas os confrontos com a polícia persistiram, com contentores queimados, barricadas nas ruas e arremesso de objetos contra os polícias.

A polícia antimotim atirou várias vezes sobre os manifestantes para os dispersar, acabando por quebrar o cerco ao edifício da delegação do Governo central de Madrid.

De acordo com os números da Guardia Urbana, citados pelo El Periodico, mais de 55 mil pessoas participaram nas manifestações de domingo, que se prolongaram durante a noite. Os protestos foram convocados pelos Comitês de Defesa da República (CDR) e pelas organizações separatistas Assembleia Nacional Catalã (ANC) e Òmnium Cultural.

Nas filas da frente estiveram várias figuras soberanistas, agora dos principais rostos das aspirações pela independência da Catalunha, uma vez que os principais líderes estão presos. Entre as figuras que marcaram presença nos protestos estiveram Elisenda Paluzie, líder da ANC, o eurodeputado Jordi Solé ou o deputado da ERC Ernest Maragall. Do lado do Juntos pela Catalunha, partido do ex-presidente Puigdemont, estiveram deputados como Eduard Pujol, Neus Munté ou Elsa Artadi, um dos nomes falados , desde fevereiro, para suceder a Puigdemont.

O ex-líder da Generalitat, recorde-se, foi detido no domingo, na Alemanha, pouco depois de ter passado a fronteira da Dinamarca. Irá comparecer esta segunda-feira perante um tribunal alemão.  Com informações da Lusa.

 

Fonte: Notícias Ao Minuto

Foto: Reuters

 

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