PT e PSol movimentam-se para definir nomes que concorrerão ao Buriti
Com a intensa movimentação da chamada “direita” para iniciar o processo de sucessão do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), a “esquerda” passou a encampar posicionamentos para garantir espaço na corrida ao Palácio do Buriti.
Nos últimos dias, o Partido dos Trabalhadores tem costurado internamente pré-candidaturas que confirmem o tradicional protagonismo da legenda nas eleições do Distrito Federal. Recentemente, o economista Afonso Magalhães colocou-se à disposição dos petistas para encarar as urnas. Com o anúncio, o pretenso candidato entregou um documento com 675 assinaturas de companheiros que defendem o seu nome.
Outros quadros, no entanto, também são sondados, como o do ex-ministro Ricardo Berzoini, que teria as bênçãos do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Oficialmente, Berzoini despista a intenção, mas as movimentações entre caciques do partido intensificam a pré-disposição da sigla em apostar no ex-ministro, pela associação direta à imagem de Lula. A legenda estará reunida no dia 18 de março, um domingo, após a realização do Fórum Social Mundial, para referendar as possíveis candidaturas.
PSol também quer espaço
Outro partido considerado esquerdista, o PSol também pretende entrar na disputa. O diretório regional lançou a provável chapa que deverá concorrer ao Palácio do Buriti e a demais cargos. Pela resolução aprovada, a pré-candidatura ao Governo do Distrito Federal (GDF) será encabeçada pela professora e diretora da Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (UnB), Maria Fátima de Sousa. Como candidata a vice, a escolha foi pela assistente social Keka Bagno, ativista de questões de gênero.
Nesse possível cenário, o jornalista Chico Sant’Anna e o auditor federal e advogado Marivaldo Pereira estariam na chapa “puro-sangue” como pré-candidatos ao Senado. O lançamento ainda é prematuro, visto que o PSol realizará, no dia 10 de março, a Conferência Eleitoral para decidir, entre outros temas, a candidatura presidencial do partido em 2018.
A chapa, no entanto, sofre resistências internas e virou alvo de críticas de militantes socialistas. “Nos referimos ao travamento do debate sobre a candidatura ao GDF e a imposição, via acordo de cúpula, antidemocrático e burocrático, de uma candidatura absolutamente desconhecida da militância e com evidentes problemas, como o fato de ter integrado o governo FHC”, registrou o chamado Bloco Classista em documento compartilhado no último sábado (3/3) – portanto, antes da reunião.
O presidente regional da legenda minimiza as disputas. “Os nomes apresentados na chapa majoritária foram aprovados com muita animação pelo diretório e deixaram nossa militância bastante unida”, disse Fábio Félix.
Fonte: Metrópoles
Foto: NELSON ANTOINE/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO