Quando a única opção é reinventar-se! O que faço?

Por Margarete Chinaglia (*)

Tudo na vida se resume às escolhas que fazemos. Por exemplo, com 58 anos, uma carreira sólida na área da saúde, faltando pouco tempo para aposentadoria, surgiu uma oportunidade de escolha de vida que ia contra todas as minhas circunstâncias profissionais: mudei de estado, cidade, deixei um cargo alto e muitos anos de empresa. Isto tudo no início de uma pandemia.

Escolhas mexem com você, mas também com quem está a sua volta. Muitos comentavam, “você é louca, como vai fazer?”. Naquele momento, não imaginava que encontraria dificuldade para me recolocar no mercado de trabalho. Afinal, eram quase trinta anos ininterruptos trabalhando.

Ledo engano! Enfrentei muitas tentativas frustradas, erros, ajustes, centenas de currículos enviados e muito poucas entrevistas. Cheguei a pensar que minha carreira não era tão sólida assim, mas logo vi que não era eu, mas, sim, um preconceito velado contra minha idade. Foi quando conheci o etarismo.

Quando meu perfil era aderente a vaga e chegava até a entrevista, recebia aquele comentário: “não vi aqui no seu currículo a sua idade. Qual é?” Depois da resposta, vinha a fase do silêncio total junto com a ausência de feedback e a sensação de invisibilidade. Situação rotineira e chocante!

Busquei forças e fui à luta. Enxerguei que não era somente comigo. Coloquei em prática o networking e vi excelentes profissionais vivendo e passando por momentos difíceis no desemprego, até que encontrei um caminho através de um mentoramento de coaching, divisor de águas na minha carreira.

Passei por um empoderamento de mim mesma, localizei uma capacidade escondida que colocou meu medo no lugar dele, um passo atrás do meu caminhar. Pratiquei o autoconhecimento por meio deste processo, o que propiciou fazer uma transição de carreira. Consegui me reinventar e descobri habilidades adquiridas com a experiência profissional, mas que estavam adormecidas.

Abracei a oportunidade, me encontrei para ser encontrada! Hoje, coloco em prática o que eu mais gosto de fazer: ajudar profissionais a se encontrarem e se desenvolverem através do autoconhecimento, segurança e confiança. Quando sempre buscamos nos aperfeiçoar, atingimos a excelência. Portanto, confie na sua capacidade, enfrente seus medos e faça o seu melhor.

(*) Margarete Chinaglia é Consultora e Coach de Carreira, palestrante sobre Diversidade e Inclusão Etária, Qualidade, além de ser especialista e pesquisadora sobre TDAH- Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Linkedin: https://www.linkedin.com/in/margarete-chinaglia/

Fonte: Agência Drumond – Assessoria de Comunicação

Por Joyce Nogueira – Assessora de Imprensa

Foto: Reprodução

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