Rollemberg demite 38 e isola ainda mais vice Renato Santana

 

Em um novo capítulo da guerra política entre o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o vice Renato Santana (PSD), o titular da principal cadeira do Palácio do Buriti decidiu praticamente extinguir a vice-governadoria do DF. Decreto assinado pelo chefe do Executivo local limita o órgão a apenas cinco cargos de confiança, com níveis salariais abaixo dos equivalentes em outras pastas do GDF. A determinação será publicada no Diário Oficial do DF.

Além de reduzir drasticamente a estrutura – antes com 43 cargos e agora com cinco –, o texto assinado por Rollemberg transfere todo o pessoal, mobiliário e equipamentos da vice-governadoria para a Casa Civil. Na prática, os servidores de Renato Santana passam a ser subordinados ao titular da principal pasta do Palácio do Buriti, Sérgio Sampaio.

Procurado, o vice-governador do DF não foi encontrado pelo Metrópoles. Presidente do PSD-DF, sigla de Santana, o deputado federal Rogério Rosso afirmou à coluna lamentar a decisão.

“Espero que a extinção desses cargos possa se reverter em melhorias dos serviços para a população, em especial à saúde, que se tornou a pior do país desde que ele [Rollemberg] assumiu o governo. Acredito que o governador precisa manter o foco não em gestos de retaliação, mas em querer resolver os grandes problemas vividos diariamente pela população do DF”, disse Rosso.

Rollemberg e Renato Santana têm a relação abalada desde que o vice foi gravado fazendo duras críticas ao atual gestor. Ele chegou a revelar que tinha conhecimento de episódios de corrupção dentro do governo. Depois, a relação piorou quando a cunhada de Santana morreu em um hospital da rede pública de saúde e o vice atribuiu a culpa à má-qualidade da gestão.

Fora da base
Além disso, o partido de Renato Santana deixou a base do governo em novembro de 2017 e iniciou o trabalho de composição de uma aliança para concorrer às eleições de 2018.

O grupo tem representantes de pelo menos 10 siglas e nomes importantes, como Cristovam Buarque (PPS), Rogério Rosso (PSD), Izalci Lucas (PSDB), Alírio Neto (PTB), Wanderley Tavares (PRB), Arthur Bernardes (PSD), Sérgio Ferreira (DC), Daniel de Castro (PSC), Kaio Teixeira (Patriota), Paulo Fernando (Patriota), Chico Andrade (PPS) e Silvana Siqueira (PSDC), além de Renato Santana.

Veja decreto:

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