Rollemberg lista causas do racionamento: “Crise sem precedentes”
Crescimento desordenado do solo, aumento populacional e falta de investimentos em captação e tratamento de água foram motivos apontados
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) participou como mediador do painel Crise Hídrica no Brasil no 8º Fórum Mundial da Água, nesta terça-feira (20/3), e apontou as causas do racionamento na capital do país, iniciado há um ano. Segundo o chefe do Executivo, “a crise hídrica sem precedentes” é resultado do crescimento desordenado do solo, aumento populacional, a falta de investimentos públicos em captação e tratamento de água nos últimos 16 anos e nível de chuvas abaixo do esperado.
Durante sua explanação, Rollemberg voltou a dizer que o evento deve deixar um legado para a população de Brasília. Ele reafirmou que, com reservatórios acima da capacidade média e o encerramento de obras em Corumbá IV, o racionamento vai acabar em 2018. O governador, porém, não estipula prazo nem datas.
A água se transformou em um problema mundial. É raro um país em que alguma região não viva em nenhum momento um problema de escassez hídrica. Aqui em Brasília não é diferente“
O evento teve início às 11h e contou com a participação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, e do presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga.
Segundo o ministro da Integração Nacional, 907 municípios sofrem com a escassez total ou parcial de água. O número corresponde a 16% do total de cidades do país, ou uma a cada seis. “A seca faz parte da história e da cultura do nosso país e não se resume mais ao Nordeste”, disse Helder Barbalho.
Mais cedo, o príncipe herdeiro do Japão, Naruhito (foto em destaque), foi recebido pelo governador na Expo, espaço do fórum localizado no estacionamento do Mané Garrincha. Após visita ao local, Naruhito e Rollemberg plantaram uma muda de árvore.
Fonte: Metrópoles
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles