Santos, 108 anos: maiores campeões pós-era Pelé lembram conquistas
Ex-lateral Léo e goleiro Vladimir ganharam oito títulos pelo Peixe
As décadas de 50 e 60 são as mais marcantes do Santos Futebol Clube, que nesta terça (14) comemora 108 anos de história. A era Pelé compreende o período em que o Peixe, liderado por seu maior ídolo, conquistou praticamente tudo o que disputou, como Mundiais (dois), Libertadores (duas), Brasileiros (seis, sendo cinco Taças Brasil e um Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão) e Campeonatos Paulistas (10).
Após conquistas esporádicas nas décadas que encerraram o século XX, o torcedor alvinegro voltou a comemorar títulos com frequência a partir de 2002, quando a geração de Robinho e Diego recolocou o time praiano no topo do futebol brasileiro. Em 2011, Neymar e companhia levaram os santistas à reconquista da América. Entre 2001 e 2019 foram 12 taças, se tornando o quinto clube do país com mais troféus no período.
Os dois personagens da história alvinegra que conversaram com a Agencia Brasil são parte importante desse século XXI. O ex-lateral-esquerdo Léo e o goleiro Vladimir, que integra o atual elenco, são os maiores campeões pelo clube após a era Pelé, com oito títulos cada.
Léo: “O Santos é primordial para o planeta”
Dois títulos internacionais (Libertadores e Recopa), três nacionais (dois Brasileiros e uma Copa do Brasil) e três estaduais. Carioca de Campos dos Goytacazes, Leonardo Lourenço Bastos é o 10º atleta que mais defendeu o Santos na história (456 jogos). E não são poucos os motivos que fizeram Léo ser tão identificado com a torcida santista. Foi dele, por exemplo, o gol que sacramentou a conquista do Brasileirão de 2002, na vitória por 3 a 2 diante do arquirrival Corinthians. Taça, aliás, que ele considera a mais marcante da carreira pelo clube, mais até que a da Libertadores de 2011.
“Vejo aquele Brasileirão como um marco na história do Santos, que vinha de 18 anos sem títulos mais relevantes. Além disso, começamos aquele campeonato com o objetivo de escapar do rebaixamento. Tudo mudou em poucos meses. Ver o Morumbi lotado, com milhares de santistas chorando de alegria, é uma imagem que não sai da minha cabeça”, contou à Agência Brasil.
Escolhido para utilizar camisas comemorativas alusivas a aniversários do Santos quando jogador, o ex-lateral-esquerdo foi também protagonista do centenário da Vila Belmiro, em 2016, homenageado com uma partida de despedida (ele havia pendurado as chuteiras dois anos antes). O adversário foi o Benfica, clube que Léo defendeu entre 2005 e 2009. No período em Portugal, enfrentou várias vezes o Porto, à época dirigido pelo atual comandante santista, Jesualdo Ferreira.
Ele, aliás, é só elogios ao treinador português, que vem sendo pressionado pelo início irregular no Santos. “O Jesualdo me deu muito trabalho [risos]. É um treinador sério, competente. Tem um estilo de jogo definido e sabe lidar com os atletas, faz com que eles joguem e se dediquem por ele. Tem tudo para fazer um bom trabalho”, analisou o ex-lateral.