“Ser empreendedor exige muitas competências e habilidades”, pontua Joel Jorge
O portal Revista Brasília realizou uma entrevista exclusiva com Joel Jorge, presidente e fundador do G15. O grupo de empresários foi criado em 2008 e tem como foco fazer Network entre empreendedores de diversos segmentos do Distrito Federal e hoje o G15 possui mais de 200 associados. Na conversa o representante da entidade falou sobre o atual cenário econômico e os principais desafios para o segmento empresarial.
A seguir, trechos do bate-papo:
Revista Brasília: O senhor que tem ampla experiência no setor público e também no setor privado, na sua avaliação, esses setores podem fechar parcerias de trabalho?
Joel Jorge: Não só podem como devem fechar parcerias. Não existe nada de ilícito nessa questão, que é ilegal é aquele que visa fazer parceria em benefício próprio, ou seja, aquele que visa a corromper a situação. Em países desenvolvidos a parceria público-privada é algo normal, além de ser fonte de desenvolvimento sustentável de uma cidade, de um Estado e até de um país. Querer aproximar o público do privado e dizer que isso gera corrupção é inverter papéis, pois, esse tipo de união não gera corrupção. A corrupção é gerada, sobretudo nas dificuldades que se impõem nos atuais processos de contratação de serviços, a burocracia. Onde há burocracia em excesso gera o famoso ditado: “Você gera dificuldades para vender facilidade”. Essa é a tônica.
Sempre defendi essa aproximação durante minha passagem pelo serviço público e em outros setores. Na academia, onde eu passei grande parte da vida como professor e dirigente sempre fiz questão para levar aos discentes e até para a instituição a necessidade da presença da academia no Estado.
No momento em que você cria um ambiente com a academia afastada do mercado, surge essa visão que o empresário é o grande agente que poderá gerar a corrupção e o Estado fica isolado. Por isso o Estado brasileiro atual maior do que deveria ser. Podia ser ao contrário, com a iniciativa privada tocando os densos projetos deste país e ele [o Estado] cuidando das funções básicas como: Educação, Saúde e Segurança.
Revista Brasília: Do ponto de vista empresarial, é preciso reformas estruturantes por parte do Estado para alavancar a Economia?
Joel Jorge: Não tenho a menor dúvida. As reformas têm que ser estruturantes, que agregam valor, promovem a geração de empregos além e possibilitar o desenvolvimento de uma região ou uma localidade com sustentabilidade e tem que começar a acontecer no Brasil. Começando pela Previdência que mesmo não sendo a proposta ideal ainda assim é fundamental para o Brasil. Economizar algo em torno de R$ 1 trilhão é algo muito auspicioso para este país. Outras reformas como a Tributária e a Política também são muito estruturantes.
Modificações deste tipo incomodam, mexem com o interesse de quem se beneficia da atual situação, mas doa a quem doer elas têm que acontecer porque caso contrário o Brasil não sai da situação em que está. O país não pode viver em uma situação em que paga as contas, mas não cresce. Tem que ter coragem e apoio da população para tocar as reformas. Muito difícil a atual situação em que o cidadão não tem condições de crescer, aumentar a sua renda e não dar para sonhar com uma vida melhor. Então, o Estado brasileiro tem que começar a crescer, melhorando as condições e as possibilidades de vida da população.
Revista Brasília: A burocracia seria o principal entrave na atualidade para as empresas?
Joel Jorge: Não apenas para as empresas, é para a população de modo geral. Por exemplo, atuei em um órgão aqui no Distrito Federal, por um convite feito pelo então governador. Após ele [o governador] questionar qual o lugar eu não gostaria de trabalhar no Governo do Distrito Federal (GDF), foi justamente o qual ele me direcionou. Esse local funcionava por dia em horário corrido seis horas, ou seja, somente um turno e o cidadão tinha que se adequar a ser atendido nesse horário. Consequentemente: filas e filas. E o resultado é o surgimento daquele intermediário que diante dessa dificuldade irá vender a facilidade, mas você irá pagar por isso.
Imagina: o empresário acredita em uma Política de Governo que ele pode pegar, investir e montar a sua empresa no Pró-DF, por exemplo. Ele [empresário] vai faz empréstimos, investimentos, coloca toda a sua força para construir e estruturar a empresa. Após fazer tudo isso ele vai tentar obter o alvará de funcionamento, sem sucesso. Existem Empresas de Grande Porte hoje que não tem o alvará de funcionamento, algumas até são participantes do G15. O Porquê? Essa falta de visão, essa burocracia do Estado.
Um caso concreto: temos uma empresa no grupo que detém posição de 5ª maior atacadista do Brasil, localizada na Samambaia Sul há anos. Somente para os cofres do GDF ela recolhe algo em torno de R$ 30 milhões, mas não possui alvará de funcionamento até hoje. Motivo? Quando falaram que ela poderia funcionar naquele lugar a promessa era de que não haveria nenhum problema. Mudaram-se as gestões governamentais e os sucessores tentam impedir o funcionamento da empresa. No entanto, ela está localizada próximo da divisa com o estado do Goiás e os empresários já falaram que se continuar dessa forma vão migrar para “o outro lado da cerca”.
Não sei como o atual governo, liderado pelo Ibaneis Rocha (MDB), está tratando de assunto do tipo, porém, não é possível que o empresário seja punido, pois ele está gerando renda. Comportamentos deste modelo com o setor empresarial são típicos de país subdesenvolvido. O Brasil do século XXI não pode criar entraves muitas vezes intransponíveis para o empresário que investiu, pois se ele não tem alvará não deveria pagar tributos por ser algo incoerente. Infelizmente, para receber imposto o governo está de mãos abertas, quando é para regularizar a situação o governo trava a situação. Em resumo, são dois pesos e duas medidas.
Revista Brasília: A Reforma Trabalhista completa dois anos de aprovação neste mês de julho. Qual é o balanço que o empresariado tem feito sobre esta reforma?
Joel Jorge: Ela [a Reforma Trabalhista] é uma reforma muito importante para o empresariado. Talvez ainda não tenha sido possível avaliar 100% de todos os efeitos positivos ou algum efeito negativo que ela pode ter provocado. A flexibilização que ela trouxe é uma grande conquista e gerou mais conforto para o empresário a relação de trabalho.
Claro que existem alguns pontos que têm que ser melhorados, mas ela tocou em pontos que eram sagrados. Veja bem: por que o empregado não poderia dividir as férias como a Reforma propôs e agora está vigorando? Coisa atrasada. Quando o presidente acabou com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), não fez isso por rixa de ninguém, mas avaliou que são poucos países que tem uma pasta governamental específica do Trabalho. Na relação entre trabalho e capital, você não precisa criar um Ministério para regular essa prática.
Quando se fala que a homologação da rescisão do contrato de trabalho pode ser feita entre o empregado e a empresa, coisa absolutamente correta. Por muitos fatores, o Brasil se tornou um dos países com maior demanda de ações trabalhistas, por qualquer coisa. E todas as ações trabalhistas carregavam consigo o famoso assédio moral. Então, se criou um “castelo” nessa questão e por isso que a Justiça Trabalhista foi considerada uma instituição paternalista. Então, a Reforma Trabalhista foi importante não somente para a vida do empresário brasileiro, para a vida da sociedade como um todo.
Revista Brasília: O acordo entre o Mercosul e a união Europeia pode ser positiva em quais sentidos?
Joel Jorge: Em todos os sentidos, pois uma das coisas que o empresário mais clama é a chamada “abertura do mercado”, que na época do governo Collor era denominado “abertura dos portos”. Essa questão de “fechar” o nosso país, criar impostos absolutamente inviáveis que tornam a transação comercial inviável para o empresário, é um absurdo. Essa abertura comercial, uma das pautas prioritárias do atual governo, é fatal. Esse acordo entre a União Europeia e o Mercosul é um marco que vai modificar toda a vida comercial deste país, beneficiando e muito o empresariado brasileiro.
Sobre o G15
Revista Brasília: Em 10 anos de existência, quais foram os principais desafios enfrentados pelo G15?
Joel Jorge: O G15 foi fruto de uma ação visionaria que tive, por entender que Brasília é uma cidade que precisava ter relacionamentos consistentes para inclusive fomentar e gerar negócios. A primeira dificuldade que eu tive foi manter esse grupo unido e consistente. As pessoas não são atraídas para o grupo de Network apenas para se encontrarem em torno de uma boa mesa com comidas e bebidas, esse fator não faz com que as elas permanecem no grupo. Elas são atraídas pela possibilidade de fazerem novos relacionamentos, torna-los estáveis e com isso alavancar as oportunidades de negócios, este é o grande desafio.
Tudo o que você faz atualmente que dá certo nesse país, sempre será copiado. Este é o segundo desafio. Todos temos direito ao sol e a luz, mas o que não vale a pena é copiar, em um nível de qualidade menor além de deturpar aquilo que seria a prática de Network moderno. Esses foram alguns problemas enfrentados no início, mas com o passar do tempo as pessoas souberam separar o joio do trigo.
Revista Brasília: De acordo com análises, o mercado se tornou mais competitivo no século XXI. A união entre empresas pode ser uma das saídas para superar as demandas de mercado?
Joel Jorge: Sem dúvida. Parto do seguinte princípio, como bom mineiro que sou: “uma andorinha sozinha não faz verão”. Se conseguir enxergar que determinada empresa tem uma filosofia de ação, uma cultura organizacional, uma ideologia empresarial que não fira os seus princípios, eu acredito que você tem que se aproximar. Temos vários exemplos de empresas que mantiveram suas identidades absolutamente preservadas, mas que tem acordo de cooperação comercial dentro do G15.
Recentemente: uma empresa na área de importação que está surgindo e irá vender para uma outra empresa que ajudou na criação dessa importadora e são dois CNPJs. São independentes, porém, uma sentiu a necessidade de ter um parceiro importador de confiança nesse novo investimento. Além disso, com objetivos em comum. É algo fantástico, pois você não precisa viver isolado por achar que todos são seus concorrentes. A troca de intercâmbio, de interesse e de ideias é muito saudável.
Revista Brasília: Qual é a atual estrutura do G15?
Joel Jorge: O G15 é um clube de líderes empresariais. O empresário toma conhecimento da existência e manifesta o desejo de participar do grupo de diversas formas, pelo portal, Redes Sociais e afins.
A primeira coisa que fazemos: ele tem que associar ao G15. Para efetivar a inscrição tem um investimento a ser realizado que garante uma série de benefícios. O associado tem direito a fazer até duas apresentações anuais para todo o grupo que se reúne no dia do nosso encontro, realizado na última segunda-feira de cada mês. Ou seja, o associado terá direito a realizar uma apresentação institucional do seu empreendimento.
Segundo passo: ele [o associado] tem direito ao brinde do G15. Ele recebe um brinde completo, com todas as informações das empresas e seus respectivos executivos que integram o G15. Com isso em mãos, ele pode criar uma situação absolutamente confortável de fazer um contrato com quem ele quiser.
Terceiro passo: o integrante poderá usufruir de toda a divulgação em nossos meios de comunicação. Tudo o que ele fizer ou lançar, seus produtos, serviços, eventos e afins, pode entrar em contato com o G15 e solicitar a divulgação para todo o grupo G15. São alguns dos benefícios.
Além disso, eu atuo como o timoneiro do grupo, faço as apresentações, aproximo as pessoas. Temos um leque que o G15 é essencialmente aproximar as pessoas, encurtar caminhos, criar uma rede consistente de relacionamentos e alavancar as oportunidades de negócios, ou seja, uma ferramenta de encurtar caminhos. Então, o G15 carrega consigo essa característica que é ao mesmo tempo forte e intensa. A interação entre os membros é constante. O investimento para entrada no grupo é baixíssimo, se comparado com o retorno que pode trazer ao empreendedor.
Revista Brasília: Quais eram as expectativas iniciais ao criar o G15? Elas foram almejadas?
Joel Jorge: Quando eu fundei o G15 em 2008, eu não tinha a menor intenção do grupo se transformar no que é hoje. Por que G15? Idealizei reunir 15 amigos na última sexta-feira do mês em torno de uma boa mesa em um bom restaurante para jogar conversa fora, algo comum na atualidade brasiliense. Essa que era a ideia criada em 2008. Em menos de 03 meses depois já eram 30 pessoas, com um crescimento exponencial, foi quando decidi estruturar o grupo para não perder o controle da situação. Em 2011 eu profissionalizei o G15 com a criação de regras, estabelecendo critérios. A partir de então as empresas, para frequentar o G15, têm que associar primeiro.
Quando uma empresa manifesta interesse em associar ao grupo é realizada uma análise detalhada antes do ingresso. Qual é a empresa e em qual segmento atua, que maneira é a atuação [da empresa] no mercado, pois eu não posso correr o risco de colocar no grupo uma integrante que não traz consigo uma boa retrospectiva. Evitamos no G15 o que chamamos de concorrência predatória, pois em alguns segmentos não é possível ter mais de uma empresa. Já em alguns segmentos, é possível ter duas ou mais empresas pelo nicho de atuação ser muito amplo.
Revista Brasília: Hoje o grupo atua apenas na realização de Network ou houve ampliação de foco?
Joel Jorge: Sempre digo o seguinte: hoje a nossa razão social é G15 Network, Marketing e Eventos. Estou habilitado a promover eventos até porque o almoço realizado mensalmente é um evento realizado desde o lançamento da entidade. Ou seja, temos uma larga experiência acumulada nessa seara.
Na área de Marketing não tenho dúvida, quando eu consigo reunir mais de 100 empresas e mais de 200 participantes em uma frequência média de 120 participantes por evento, estou fazendo Marketing através da ferramenta com o objetivo de atrair pessoas para o grupo. O G15 é bem divulgado e tem ações mercadológicas muito pontuais e estruturantes.
Muitas vezes o empresário não está no grupo para vender mais, geralmente é para conhecer novos segmentos, avaliando o funcionamento do mercado fora da sua área de atuação. Uma convivência com outros players que pode não ter havido contato anterior e esse tipo de relação é muito positiva. O empresário sabe que a marca dele pode ser conhecida, mas as pessoas com quem ele lida são de diversos segmentos e muitas vezes esse tem histórias, cases de sucesso que podem servir de experiência para aperfeiçoar a atuação no mercado.
Histórico do professor Joel
Revista Brasília: Com base na sua ampla experiência, como deve ser o comportamento de quem deseja seguir o empreendedorismo?
Joel Jorge: Eu diria o seguinte: tudo no Brasil, infelizmente, tem um viés de modismo. Já passamos por várias situações do tipo. Lembro até pelo fato de ter sido um professor extremamente procurado e solicitado na área de Qualidade Total, que este conceito estava uma febre. Toda empresa queria implantar um programa voltado para Qualidade Total e hoje ninguém mais fala nisso. Por que cito isso como um cuidado no empreendedorismo? Ser empreendedor exige muitas competências e habilidades.
Tem que entender que o conceito de empreendedorismo é diferente de missão. Ter uma ideia “vou montar esse projeto…”, isso não é empreender e pode ser uma atitude de auto risco. O que é empreender? Para se tornar empresário é necessário obter uma boa bagagem de conhecimentos, se preparar para atuar no ramo empresarial. É preciso compreender que a partir do momento em que abre as portas, haverá compromissos e obrigações consideradas difíceis. A carga tributária que virá em cima dele é alta para quem está entrando no mercado, além da falta de incentivo do governo para com o pequeno empreendedor. Se não tiver uma rede de relacionamentos, dificilmente ele terá sucesso. É semelhante a um currículo. Não adianta falar que irá atuar no empreendedorismo sem maquiar o segmento de atuação com Plano de Negócios, Rede de Relacionamentos, com conhecimento de mercado.
No entanto, as pessoas não podem desanimar por conta dos desafios a serem enfrentados, mas elas devem entender que não passar por isso é um problema. Por que no Brasil a taxa de empresas que fecham até os cinco anos é elevada, uma das maiores a nível mundial? Sabe quantas empresas a cada dez conseguem sobreviver após cinco anos de abertura? Uma média de 03 empresas. Motivo: não fazer o dever de casa e não cuidar do antes.
É importante que tenhamos cada vez mais empreendedores no país, pessoas com vontade de tocar o próprio negócio. Tenhamos jovens que tire da cabeça o que chamo de ilusão do serviço público, porque ele [serviço público] é feito de frustração.
Revista Brasília: Para o senhor que já atuou na área educacional, quais são os gargalos educacionais para o fomento do empreendedorismo?
Joel Jorge: Esse foi um dos maiores conflitos que eu travei na academia, pois eu sempre percebi isso. Evidentemente que existem exceções, mas a maioria das Instituições de Ensino Superior (IES) e nas Universidades públicas há esse distanciamento do mercado. A faculdade prepara o estudante para o mercado, para empreender.
A minha formação, por exemplo, sou administrador de empresas. O que acontece: você faz um curso de administração que duram 08 semestres. Se pegar o currículo acadêmico vai ver quais disciplinas oferecidas hoje no curso de administração. Existe uma amplitude de disciplinas em que é estudado um pouco de cada coisa. Daí aparece um empresário com uma vaga disponível para quem consegue planejar, implantar e administrar um fluxo de caixa. O aluno sai da faculdade sem saber fazer isso. O aluno sai da universidade sem saber fazer um Plano de Negócios, sem ter condições de criar um Plano de cargos e salários. Quando que o empresário irá contratar uma pessoa assim?
Esse é o grande problema das instituições de ensino. Nas grandes universidades no exterior é possível ver uma nova realidade: a quantidade de disciplinas de um curso é menor, sendo que o estudante terá com maior intensidade aquilo que realmente precisa. Faço essa avaliação atual do Brasil e na minha opinião, com raras as exceções, a academia está de costas para o mercado e consequentemente, para o empreendedorismo.
Revista Brasília: Existem diferenças e semelhanças entre gerir uma instituição pública e uma instituição privada. Esse fator é positivo ou negativo?
Joel Jorge: Acho totalmente negativo, porque na instituição pública seu nível de conhecimento não é exigido para exercer aquela função. Se passar no concurso público, não precisa provar o que conhece, qual é a sua especialização e o que é realmente o seu forte. Simplesmente entra e pronto, recebe uma função qualquer.
No segmento privado é totalmente diferente, pois você não entra sem provar que detém os conhecimentos. Falamos muito em meritocracia, mas tal fator não existe no serviço público uma vez que as pessoas são niveladas de maneira mediana. Se tem uma direção superior, e os demais estão nivelados na mesma seara. Tem muita gente competente no serviço público, mas perante o número total de servidores é frustrante. Assistimos por aí pessoas que entram para o serviço público e se aposentam após passar cerca de 35 anos no mesmo lugar.
Revista Brasília: Qual o principal desafio para o empresário do futuro, na sua avaliação?
Joel Jorge: O principal desafio é ter a chamada visão sistêmica. O empresário tem que estar absolutamente informado e conectado. Não existe espaço para aquele velho empreendedor que só entendia do seu negócio, pois hoje tem que ter uma visão de mundo. A minha visão de futuro é que a concorrência será mais acirrada e o valor agregado de tecnologia do seu produto ou serviço terá de ser mais sofisticado. Haverá a necessidade de atuar nesse mercado entendendo que é um mercado pulverizado. Não dá para pensar em ser empresário com a visão tupiniquim, que vai à contramão da história do desenvolvimento das nações.
Fonte: Revista Brasília – Por Mário Benisti – Foto: Reprodução