Servidores do Transporte do Hospital do Guará denunciam perseguição
Motoristas apontam que gestão age para prejudicar parte do grupo
Os servidores do Núcleo de Transporte do Hospital Regional do Guará (HRGu) solicitaram reunião com representantes do SindSaúde-DF para denunciar constantes assédios que estão sofrendo no ambiente de trabalho. Segundo os profissionais relataram, em reunião na unidade, o chefe do Núcleo de Transportes, José Carlos Trindade, atua de forma distinta com alguns profissionais.
Hoje a unidade conta com 18 motoristas – 12 servidores da Secretaria de Saúde e 6 cedidos do Ministério da Saúde. Um dos profissionais cedidos é o próprio chefe José Carlos.
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Com apoio
As reclamações principais dos motoristas SES são de que o gestor atua com permissão da Gerência de Apoio Operacional e nada é feito para mudar. Que ele teria respaldo de sua chefia direta.
Os motoristas estariam sendo obrigados a preencher formulários que não são exigido na rotina de trabalho da SES. O chefe também teria proibido os profissionais de fazer banco de horas, mesmo quando isso ocorre por conta de um atraso de atendimento de pacientes.
“Somos responsáveis por levar alguns pacientes para atendimento em outras unidades de saúde e temos que aguardar para o retorno. Se o atendimento demora lá, nós temos que esperar e fazer horas além do previsto. Quando retornamos, além da bronca, ele nos diz que não podemos fazer o banco de horas. Que é proibido”, afirma um motorista.
Enquanto isso, segundo os servidores SES, os outros profissionais do Núcleo de Transporte são beneficiados com horas ampliadas e extras.
Autoritarismo
Segundo os relatos, os servidores para fazer o requerimento de folgas e abonos é uma verdadeira humilhação. Já que elas só são permitidas se ele quiser, mesmo o servidor tendo o direito.
Recentemente, o gestor teria agendado uma reunião para reforçar as regras da unidade e, sem o consentimento dos motoristas, gravou a reunião.
“Temos medo que esses áudios sejam editados como ele quiser e que usem contra nós”, afirma outro profissional.
Anteriormente a equipe tinha acesso a um computador para fazer demandas no SEI ou conferir qualquer informação no sistema dos servidores.
“O chefe trancou a sala com o computador dentro e nós não temos mais como resolver as questões burocráticas no sistema pois não temos outra máquina disponível”, finaliza.
Providências
A presidente do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues, lembrou que a SES deve tomar ciência da situação e agir para que perseguições não ocorram mais no ambiente de trabalho.
“Não vamos aceitar que situações como essa continuem. Estamos vindo de 4 anos horríveis de muita perseguição em outra gestão e não queremos que nossa categoria sofra mais. O GDF precisa investigar a situação e tomar providências em defesa desses trabalhadores do Guará”, diz a presidente.
Fonte: Ascom/SindSaúde | Imagem: Éder Oliveira