SINAL NA TESTA

 

Miguel Lucena*

 

Algumas militantes feminazes repudiam a minha crítica ao rodízio de padrastos dizendo que os agressores e pedófilos não vêm com a sua tendência inscrita na testa, por isso vou ajudar quem quiser a identificar alguns sinais.

Cito o testemunho da psicanalista Elena Rodrigues: em 1982, ela morava com uma colega do Banco do Brasil no interior do Maranhão, quando recebeu a visita do namorado da amiga que vinha buscá-la para sair. Ele deu um chute na porta do quarto dela, reclamando do atraso, sentou-se perto da geladeira e derramou cerveja no chão. No dia seguinte, jogou o caldo na mesa, alegando que a comida estava malfeita.

Os sinais não estão inscritos ou escritos na testa de ninguém, mas nos comportamentos. É preciso observar uma pessoa antes de levá-la para dentro de casa, especialmente se há filhos pequenos ou adolescentes no lar.

A recomendação vale para homem ou mulher, mas os casos de abusos envolvem 95% de homens como autores, daí a necessidade de emitir o alerta para as mães.

Observe o comportamento da pessoa na primeira vez em que sair com ela. Veja se trata com rispidez os mais fracos, como, por exemplo, garçom ou o guardador de carros. Se fica cobiçando outras mulheres, mesmo estando ao seu lado. Se quer tudo ao seu modo.

Há a chamada violência arbitrária, que surge do nada: o homem não avisa a hora em que vai chegar e, quando chega, já pergunta por que a janta não está na mesa e sai quebrando o que encontra pela frente. Este é um sinal de que a relação não pode dar certo e terminará em tragédia.

Há pessoas que, à primeira vista, nos causam medo, asco e arrepio. Com alguns tipos, de cara amarrada, que falam com grunhidos, que trazem caveiras, palhaços e outros sinais de morte desenhados no corpo, que exibem valentia sem necessidade, eu não teria coragem de andar na mesma calçada, porém há quem os leve para dentro de casa.

Há quem diga que é questão de gosto, mas não imponha seu desejo e sua vontade aos filhos que gerou e tem obrigação de cuidar. Cautela não faz mal a ninguém.

 

*Miguel Lucena é Delegado de Polícia Civil do DF, jornalista, escritor e colunista do Brasília In Foco News

 

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