SindSaúde Em Contagem Regressiva

 

Estamos a menos de 15 dias para o apagar das luzes da gestão Rollemberg, portanto, o SindSaúde há tempos entrou em verdadeira contagem regressiva. Esta contagem se dá devido aos desentendimentos e embates entre a entidade, na linha de frente, a presidente do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues, e o governador que não conseguiu a reeleição nas eleições de outubro passado e deixará o Palácio do Buriti. Para fazermos um balanço de toda essa situação e, também, do caos que se alastrou na saúde pública do DF, além é claro, dos problemas enfrentados pelos profissionais da área, defendidos e amparados pelo sindicato que os representa, a presidente concedeu a seguinte entrevista para o Brasília In Foco News.

Confira a entrevista:

Brasília In Foco News – A senhora continua afirmando que: “O início da mudança na Saúde do DF começa pela saída de Rollemberg”?

Marli Rodrigues – Sem sombra de dúvidas! Foram os piores quatro anos da vida dos servidores públicos do GDF, não só da Saúde. Agora temos ao menos a expectativa de mudanças e estamos confiantes.

BIFN – Essa contagem regressiva conta com adesão de grande parte dos profissionais da saúde, hoje representados pelo SindSaúde?

Marli Rodrigues – Sim. É unânime. Não só entre os servidores da Saúde, já que Rollemberg destroçou todo o funcionalismo público local. Todos os servidores estão contando os dias para o fim desse governo.

BIFN – Na sua avaliação é possível citar alguns motivos que levaram o governador Rollemberg a tratar a saúde pública do DF com tamanho descaso?

Marli Rodrigues – Primeiro, a falta de preparo. Depois, a falta de interesse e o descaso. Quando viu que não daria conta de administrar, ele assumiu uma postura de defesa como se essa briga fosse pessoal. Os servidores apenas lutaram pelos seus direitos. Cobraram apenas o que era deles de direito.

BIFN – É possível afirmar que os problemas na saúde pública do DF foram fatores de grande peso na derrota do governador Rollemberg em outubro passado?

Marli Rodrigues – Sem dúvida. A Saúde é um dos pontos mais sensíveis da gestão pública. Outra questão é a Segurança. A forma como o atual governo tratou a Saúde refletiu na sua baixíssima popularidade e, consequentemente, na rejeição nas urnas.

BIFN – Como presidente de um dos sindicatos mais importantes do DF, a gestão do governador eleito Ibaneis Rocha, a partir de 2019, já dá sinais de bandeira branca entre as partes, e ao mesmo tempo, de uma parceria próspera?

Marli Rodrigues – Não há como prever o que teremos nos próximos anos. O que sabemos agora é que os últimos meses foram de muito diálogo. O governador eleito se mostrou interessado em nossas pautas e se disse pronto a conversar com os servidores para encontrar soluções reais para a Saúde e para a valorização dos servidores. A partir de 1º de janeiro, com as ações práticas, teremos a certeza dos próximos passos.  O SindSaúde tem seu papel ao representar a categoria .

BIFN – Qual é a sua avaliação quanto a indicação do futuro secretário de Saúde, Osnei Okumoto, pelo governador eleito?

Marli Rodrigues – Osnei Okumoto possui um currículo muito bom dentro da gestão do SUS. Pelo seu histórico, esperamos que ele faça uma boa administração da Saúde local. Ele se reuniu com os diretores do SindSaúde-DF na última semana e se mostrou também interessado em resolver as inúmeras demandas da Saúde e dos servidores. Esperamos uma gestão de diálogo.

BIFN – O SindSaúde sai ainda mais fortalecido depois de enfrentar o seu maior opositor, até aqui, que ao que tudo indica, foi o governador Rollemberg?

Marli Rodrigues – Com certeza! Repito, foram os piores 4 anos da vida do servidor público do DF. O SindSaúde sai vitorioso dessa batalha e pronto para outras. Disse e repito: governo é governo e sindicato é sindicato.

BIFN – Quais os projetos mais relevantes do SindSaúde para  2019?

Marli Rodrigues – O SindSaúde tem inúmeros projetos para 2019. Entre eles está nossa preocupação com a saúde mental do servidor, tão atacado nesses últimos quatro anos. Vamos colocar em funcionamento a Clínica NovaMente, que fará um trabalho específico para esses servidores. Teremos novos seminários para debates das questões de interesse da categoria. Continuaremos com nossas equipes focadas na defesa do servidor, especialmente nosso Departamento Jurídico. Também vamos manter nossa batalha para o recebimento da última parcela da Gratificação de Atividade Técnico-Administrativa (GATA).

 

Da Redação – Brasília In Foco News

Por Gilvan Afonso

Foto: Reprodução

 

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