Sírio-Libanês abre unidade em Brasília e oferece 700 vagas

 

Referência em tratamento de oncologia e cardiologia no país, rede constrói na capital a primeira unidade fora de São Paulo. Inauguração está prevista para novembro, com atendimento a público variado, incluindo pacientes do SUS

As obras de instalação do Hospital Sírio-Libanês em Brasília serão concluídas até agosto. Depois disso, começam as fases de testes e preparação da unidade para receber pacientes. A previsão é que o espaço seja aberto em novembro. É a primeira vez que a rede, referência em tratamento de oncologia e cardiologia no país, se expande para fora de São Paulo. Com investimento de R$ 260 milhões, o hospital vai abrir 700 vagas de emprego só neste primeiro momento.

A rede firmou um acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal para tratamento de radioterapia de 1,2 mil pessoas no triênio 2018-2020. Os pacientes serão selecionados pela rede pública e encaminhados à unidade. Além disso, o hospital vai manter o projeto com o Hospital da Criança de Brasília José Alencar. Por mês, quatro crianças vão receber o atendimento de radioterapia. “O mínimo é retribuir o atendimento com excelência. Faremos um grande bem para a cidade, porque vamos elevar o nível desse tipo de serviço aqui”, afirma  o médico Rafael Gadia, superintendente de Governança Clínica e diretor de Radiologia do Hospital Sírio-Libanês Brasília.

A ideia de expandir a rede para Brasília é um sonho antigo, mas os idealizadores começaram a concretizar aos poucos. Em 2011, inauguraram o Centro de Oncologia na Asa Sul. Em 2014, a instituição investiu no Centro de Oncologia no Lago Sul e, em 2016, a capital recebeu o Centro de Diagnósticos. “Na medida em que Brasília nos acolheu e conquistamos uma relação de sucesso, vimos a possibilidade de tornar esse sonho mais concreto e intenso”, destaca Gadia.

O projeto do hospital começou a sair do papel em meados de 2017 e, em janeiro, passou a ser concretizado. Situado na 613 Sul, o hospital já tem estrutura e fachada construídas para abrigar as instalações. O prédio é alugado e a construtora Engeform é a responsável pelas mudanças no edifício para abrigar a unidade hospitalar.

Especialidades

Inicialmente, serão oferecidos atendimentos em mais de 30 especialidades. Além das duas de referência da rede Sírio — oncologia e cardiologia —, os pacientes que precisarem também vão ter à disposição os cuidados nas áreas de cirurgia geral, ortopedia, neurologia, hematologia, entre outros. Serão 144 leitos — sendo 20 de unidades de terapias intensiva (UTI), que podem ser ampliados até 31 — distribuídos em uma unidade de 30 mil metros quadrados.

Mas a ideia é que nos primeiros meses o atendimento seja limitado a 20% da capacidade e que 40 leitos sejam abertos para cirurgia. “Trata-se de um atendimento que será feito de maneira gradual, controlada e responsável, para oferecer o que temos de melhor, que é a qualidade e a segurança na prestação de saúde”, esclarece Rafael Gadia.

O trabalho é baseado na tríade da qualidade, segurança e excelência. Para garantir o serviço, serão mantidos médicos que atuam na rede, além da contratação de especialistas de referências no atendimento em Brasília. Com a atuação de quase 100 anos em São Paulo, os serviços oferecidos na capital paulista serão repetidos na capital federal. “Nosso patrimônio é o trabalho e a filantropia. Continuaremos prestando um atendimento acima da média, mantendo a filantropia, mas com número pequeno de leitos, abrindo devagar, porque prezamos pelo atendimento de qualidade”, destaca o diretor-geral da nova unidade, o médico Gustavo Fernandes.

O novo hospital contará, ainda, com seis a oito salas de cirurgia, um centro de diagnósticos para análises clínicas, outro centro de cirurgia robótica e equipamentos de ponta importados de outros países em um grande parque tecnológico. As inovações vão contribuir para melhores diagnósticos, como os aparelhos de ressonâncias intraoperatórias.

Além dos investimentos em tratamento, a unidade também vai ofertar o serviço de pronto-socorro, atendendo planos de saúde de diferentes faixas sociais. “A nossa expectativa é que o número de pacientes aumente, porque se amplia o leque de atendimentos de pessoas do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, mas, especialmente, de moradores do DF, que terão um atendimento de referência”, reforçou o médico Rafael Gadia.

Gratuitos

Por ser uma entidade filantrópica, o Hospital Sírio-Libanês tem um acordo com o Ministério da Saúde de 100% da taxa de isenção de impostos. O valor é revertido em assistência com atendimentos gratuitos, capacitação de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) e investimento em pesquisas. A forma do retorno é escolhido conforme a necessidade da gestão pública. “Essa prestação acontece de acordo com a demanda do governo e é ampliado à medida que houver necessidade”, explica o superintendente de Governança Clínica do hospital.

Oportunidade de emprego

De imediato, estão sendo disponibilizadas 500 vagas técnicas e administrativas em diversas áreas. O processo de recrutamento e seleção ocorre ainda no primeiro semestre de 2018. Serão três meses de treinamento antes da inauguração. Outras 200 vagas são preenchidas por pessoas já contratadas da rede Sírio em Brasília e que atuam nos três centros clínicos.

Os primeiros profissionais a serem contratados para as 500 oportunidades são enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas e auxiliares administrativos. Os benefícios incluem assistência médica e odontológica, seguro de vida, vale-alimentação e refeição, convênio farmácia e vale-transporte.

Para participar da seleção, os candidatos devem enviar o currículo para selecao@hsl.org.br. Mais informações estão disponíveis na página da instituição na internet: www.hsl.org.br.

 

Fonte: Correio Braziliense

Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press

 

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