STF de olho no Congresso
Em meio à judicialização da política cada vez mais frequente, no Brasil, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acompanham de perto as eleições para a presidência da Câmara e do Senado. O clima é de expectativa para saber quem comandará o Parlamento nos próximos dois anos, antes do pleito geral de 2022.
Judicialização da política
Na visão do senador Lasier Martins (Podemos/RS), “a judicialização da política é um problema que cresceu muito, e tende, agora, a se cristalizar, porque é evidente que, por tudo o que tem acontecido, o Supremo tem duas facções: tem um grupo que vota, de um modo geral, contra os brasileiros. É a turma formada por Gilmar Mendes, Lewandowski, Dias Toffoli, o novo, Kássio Nunes Marques e o Alexandre de Moraes. E o outro grupo é o Fux (Luiz Fux, presidente do Supremo) que quer recuperar os bons conceitos do Supremo”.
Colidência de interesses
Na opinião de Lasier, “essa turma do Gilmar Mendes está torcendo pelo candidato do Davi Alcolumbre, Rodrigo Pacheco (DEM/MG). O Alcolumbre está muito empenhado, andando pelo Brasil afora, para conquistar votos para o Pacheco, que, nesse momento, parece estar com superioridade numérica para ganhar a eleição. É uma salada. É o candidato do Alcolumbre, do presidente Bolsonaro e do PT. Imagina! Quem é que ele vai atender se há colidência de interesses entre eles”.
Podemos apoia Simone
Lasier Martins afirmou que o seu partido, o Podemos, se reuniu na quarta-feira (13) e resolveu apoiar a candidatura de Simone Tebet (MDB/MS) mas os outros partidos estão divididos. Por exemplo, o PSDB, tem sete senadores, e certo que votam nela são três. Quatro duvidosos, sendo que dois votarão no Pacheco. Argumenta o senador, “fazendo a contabilidade, que nós estamos acompanhando, está difícil a Simone ganhar”.
Apoio Popular
O senador gaúcho destaca “que os apoiadores de Simone Tebet esperam contar com grande apoio popular. Como houve aquela pressão, no episódio, na eleição Renan Calheiros (MDB/AL) versus Alcolumbre”. Naquela oportunidade, destaca o senador, “a maioria dos eleitores brasileiros ligou para os seus senadores, pressionando muito, e deu a vitória ao Davi Alcolumbre. Nós esperamos que se repita aquele fenômeno vindo de fora para dentro, mudando votos com relação ao que existe hoje, provável eleição do Pacheco.”
Supremo dividido
Lasier conclui dizendo: “por isso quero dizer que tem um candidato que tem a preferência da metade do Supremo, e o outro grupo que é a favor da Simone. Veja a que ponto nós chegamos! Uma instituição que deveria ser isenta, equidistante, imparcial, hoje tem preferências políticas visíveis, notórias. Isso é ruim para o Brasil”.
Hipertensão arterial
O deputado Nereu Crispim (PSL/RS) alerta que a hipertensão arterial sistêmica é um dos principais problemas da saúde pública no mundo, atingindo um em cada três brasileiros. O congressista apresentou projeto que regulamenta ações de tele monitoramento de doenças crônicas no âmbito da Atenção Primária à Saúde, em especial os casos de pressão alta. Nereu Crispim argumenta que “em tempos de pandemia, esse tipo de atendimento é essencial”.
Controle da doença
O diagnóstico adequado, assim como o tratamento e monitoramento são essenciais para obter os melhores resultados no controle da doença.“Um dos projetos que defendo é o de telemonitoramento das chamadas doenças crônicas pelo SUS. Com isso, os pacientes poderão ser acompanhados e orientados por profissionais sem a necessidade de irem até os postos de saúde enfrentar filas e muitas vezes falta de médicos, em especial agora com a pandemia.”
Identificação preventiva
Na opinião de Nereu Crispim, “se o cidadão puder contar com a assistência de um enfermeiro ou enfermeira para acompanhar a hipertensão teríamos condição de identificar quando o caso é mais grave e precisa de apoio médico e quando uma boa orientação basta”.
Fonte: Repórter Brasília | Por Edgar Lisboa | Fotos: Reprodução