‘Técnico não faz gols’, diz Dorival após 2ª derrota em clássicos

 

Para o técnico, sua equipe jogou bem e não merecia ter perdido os dois clássicos que disputou no ano

técnico Dorival Júnior creditou a derrota para o Santos neste domingo (18), no Morumbi, por 1 a 0, a “um grande ataque cirúrgico do rival” em toda a partida.

O treinador se refere ao lance santista aos oito minutos da segunda etapa, quando Eduardo Sasha foi até o fundo e rolou para trás para Gabriel marcar seu terceiro gol em três jogos desde seu retorno ao Brasil.

Até então, o São Paulo havia dominado o primeiro tempo, criado mais chances, sem sofrer sustos do adversário. O gol, porém, evidenciou um problema da equipe neste ano, desde a saída do centroavante argentino Lucas Pratto: dificuldade para transformar em gols as chances criadas. Atrás no placar, o time não conseguiu ser efetivo para tentar o empate e a virada.

“O treinador não faz gols. Ele tem obrigação de tentar levar a equipe até a intermediária adversária e fazer um sistema defensivo que lhe dê tranquilidade, é nisso que trabalhamos. Num conceito de jogo que os jogadores estão acreditando, e as coisas estão acontecendo. Muito próximos do ideal de jogar com consistência, segurança e alcançar os resultados”, disse Dorival, que foi xingado de “burro” pelos torcedores.

Para o técnico, sua equipe jogou bem e não merecia ter perdido os dois clássicos que disputou no ano. O time já tinha perdido por 2 a 1 para o Corinthians, no dia 27 de janeiro.

Segundo ele, o time está evoluindo. “Merecia perder do Corinthians? Merecia perder do Santos? Para mim não tem peso nenhum. Se eu tivesse ganhado os dois jogos jogando mal, eu estaria muito preocupado. Estou muito tranquilo com o que estou vendo da equipe. Tenho que ver a equipe como um todo. A equipe jogou taticamente uma partida muito boa, não dando oportunidades a uma equipe leve, veloz, com troca de passes, que chega fácil ao gol adversário”, completou.

TROCA DE PNEU

O técnico do Santos, Jair Ventura, alertou que ainda é muito cedo para seu time ter uma “cara”, mas disse estar contente com o desempenho atual da equipe, mesmo sem conseguir repetir a formação como gostaria.

“É muito cedo [para ver a cara do Santos]. Não consegui repetir a zaga uma vez. O ideal vira uma utopia. A gente está trocando pneu com o carro andando. A Libertadores já está chegando. Reformulamos praticamente o time todo. Temos de dar a cara do Santos. Fico feliz por conta de como eles vêm respondendo. A gente pode ter coisas boas neste ano.”

O treinador também avaliou o centroavante Gabriel, autor de três gols em três jogos, como sendo decisivo. Por outro lado, descartou que sua equipe dependa apenas do jogador.

“O Gabriel é um jogador diferenciado. Todo treinador do mundo quer um jogador diferente. Ele acaba salvando a vida do treinador. Ele decide. Não podemos e nem somos dependentes de um jogador só. Não tomamos gols há três jogos e não perdemos há quatro. Temos de ter equilíbrio e acreditar no planejamento”, afirmou. Com informações da Folhapress.

 

Fonte: Notícias Ao Minuto

Foto: Getty Images

 

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