“Temos uma engrenagem: cuidamos do espaço, do cidadão e dos professores”
Secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira, fala em entrevista exclusiva à Agência Brasília sobre os planos, ações e realizações da pasta que, além de proporcionar diversas atividades para os brasilienses, também trouxe os grandes eventos de volta ao DF
Já são 10 novos campos de grama sintética construídos em todo o DF. Outros 50 estão na lista para serem reformados. Equipamentos que, em alguns casos, ficaram mais de dez anos sem receber qualquer cuidado. Nos próximos meses, serão implantadas quadras poliesportivas de areia em 13 regiões administrativas diferentes.
A Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) tem centrado esforços para incentivar a prática esportiva no DF. Além de resgatar as quadras, os centros olímpicos e paralímpicos (COPs) estão em pleno funcionamento e vão ganhar mais estrutura. “São neles que a gente consegue atingir a comunidade, a família, desde a criança até o idoso que vão até lá praticar uma modalidade esportiva. Já investimos R$ 2 milhões em vários desses centros”, aponta a secretária Giselle Ferreira.
Em entrevista à Agência Brasília, Giselle lembra ainda da volta dos grandes eventos à capital, que recentemente recebeu as finais da Superliga de vôlei feminino, no ginásio Nilson Nelson. E dos programas de incentivo da secretaria a atletas de alto rendimento revelados no Distrito Federal.
Confira a seguir a entrevista:
É a política pública de esporte mais democrática que temos. São doze centros olímpicos e paralímpicos abertos no DF, com capacidade para atender até 62 mil pessoas. São neles que a gente consegue atingir a comunidade, a família, desde a criança até um idoso que vai ali praticar uma modalidade esportiva. Eles também são espaços, é claro, onde podem surgir novos atletas revelados pela nossa capital. São em torno de 25 modalidades oferecidas e, nessa gestão, implantamos o futebol feminino que não existia.
Encontramos esses espaços muito envelhecidos, alguns depredados. Para se ter uma ideia, apenas dois tinham internet o que dificultava todo o funcionamento. Agora, foi instalada internet em todos eles e quem não tiver condições de se matricular em casa, pode ir ao COP e fazê-lo. Oitenta computadores também foram comprados.
Estão sendo feitos investimentos para recuperar os equipamentos esportivos?
A secretaria já investiu cerca de R$ 2 milhões na manutenção dos COPs. Não só são equipamentos. Por exemplo, o da Estrutural tivemos que trocar toda a parte elétrica. Agora que temos uma unidade de engenharia na SEL, conseguimos fazer essas manutenções com celeridade.
Além disso, quatro piscinas ganharão a tecnologia de fibra de vidro que é mais durável e segura (as de Samambaia, Gama, São Sebastião e Riacho Fundo I). Também estamos adquirindo aquecedores de água para todas elas.
E contamos com o excelente trabalho do RenovaDF, em que os aprendizes tem como missão recuperar alambrados, pinturas, quadras de esportes. As unidades de São Sebastião e Ceilândia estão sendo reparadas atualmente. Os próximos serão os da Vaquejada (também em Ceilândia), Riacho Fundo e Samambaia.
Com relação aos campos de grama sintética e outras quadras de esportes. O governo tem investido nesses espaços…
Vamos entregar 10 novos campos sintéticos espalhados por toda a capital, sendo que cinco deles já foram inaugurados – no Cruzeiro, Riacho Fundo II, Brazlândia e outros. São campos modernos: já vêm com estrutura de arquibancada, iluminação de LED, sistema de drenagem. Outros 15 estão sendo recuperados também pelo RenovaDF, como os da Vargem Bonita e Itapoã, que estão prontos. Nossa meta é chegar a 50, no total. São quadras que não tinham a menor condição de jogar, identificamos que algumas não recebiam manutenção desde 2009. No mais, o governador Ibaneis assinou recentemente ordem de serviço para implantarmos 19 quadras de areia poliesportiva em várias cidades.
A Secretaria tem algum projeto para a comunidade praticar esporte nesses espaços?
Sim. Vimos a necessidade de agregar valor a esses equipamentos esportivos. Em todos os espaços que reformamos, entregamos chuteiras e um kit de material esportivo (uniforme) para que os jovens possam jogar. E temos o projeto do educador esportivo voluntário. A pasta paga uma ajuda de custo na faixa de R$ 800 para o monitor, aquele professor que está nos projetos sociais, que dá aula em escolinhas de esporte e que usam essas quadras.
Temos uma engrenagem: cuidamos do espaço, do cidadão e dos professores.
Brasília voltou a sediar grandes eventos. Recentemente, tivemos as finais da Superliga de Vôlei Feminino e partidas de futebol do Brasileirão. Vem mais por aí?
Brasília é uma cidade que está estruturada: temos o setor hoteleiro em ótimas condições, o Estádio Mané Garrincha – posso dizer que as nossas instalações são propícias para receber esses grandes eventos, não só nacionais, como internacionais também. Ano passado, a gente recebeu o mundial de beach tennis, que é uma modalidade que vem crescendo muito no Brasil. Foram mais de seiscentos atletas na competição. São competições que tiveram de parar por um tempo em virtude da pandemia. Este ano vamos fazer a reedição dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) em setembro, lembrando que ano passado também recebemos o evento. Teremos ainda os jogos escolares do DF que reúnem estudantes de colégios de toda a capital.
Como estão os números do Bolsa Atleta no DF? A SEL oferece mais algum tipo de incentivo?
São 266 atletas e paratletas beneficiados pelo Bolsa Atleta em 2022. Muitos não têm patrocínio e, na prática do esporte, há o valor agregado: um custo de deslocamento, equipamentos para treinos. Esses atletas são contemplados de acordo com a sua classificação na modalidade, sua performance varia de acordo com o esporte. Temos também o Compete Brasília que é um programa nosso, em que custeamos tanto a passagem aérea quanto a terrestre para eles participarem das competições. É um orgulho lembrar que o Kawan Pereira (saltos ornamentais), muito bem classificado nas Olimpíadas de Tóquio, é beneficiado pelos programas da secretaria de esporte. Recebi ainda um retorno do setor de marketing do handebol do DF que eles hoje entram em mais torneios e triplicaram o número de medalhas. São programas muito efetivos para auxiliar nossos atletas.
Fonte: Agência Brasília | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília