Três buritizáveis se registraram no TRE. Fátima lidera ranking de bens
A candidata do Psol apresentou declaração de patrimônio de R$ 3.248.559,51, sendo R$ 2.475.272,61 classificados como “outros bens imóveis”
Apenas três dos 11 candidatos ao Palácio do Buriti tinham apresentado, até a noite de segunda-feira (13/8), a documentação necessária para o registro da candidatura na Justiça Eleitoral: Alexandre Guerra (Novo), Fátima Sousa (PSol) e Antônio Guillen (PSTU).
Além dos postulantes ao governo do DF, quatro candidatos a senador, 23 a deputado federal e 285 a deputado distrital encaminharam os pedidos. A data-limite para submeter informações como declaração de bens e certidões criminais está próxima: quarta-feira (15). Um dos arquivos necessários é a foto que constará nas urnas.
Herdeiro do Giraffas, Alexandre Guerra declarou R$ 1.183.731,37 em bens. A maior fatia é em ações: R$ 478.638,00. Nas contas do empresário, também constam aplicações em renda fixa.
Fátima Sousa apresentou uma lista de R$ 3.248.559,51, sendo R$ 2.475.272,61 classificados como “outros bens imóveis”. Também consta um apartamento no valor de R$ 800.000. As contas de Antônio Guillen não foram disponibilizadas.
O detalhamento das contas estava acessível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até as 19h de segunda (13). No entanto, a consulta foi fechada após a última atualização do site. A assessoria de imprensa da Corte informou que a mudança pode ter sido provocada por alterações nos dados dos candidatos. A plataforma permite que os partidos atualizem as informações até as 23h59 de 15 de agosto.
Também foram solicitadas as candidaturas dos três vices – Erickson Blun (Novo), Keka Bagno (PSol) e Zanata (PSTU) – e dos candidatos a vagas proporcionais das chapas. Novo e PSTU vão sozinhos para a disputa. O PSol conta com o apoio do PCB. O nome dado à coligação foi Elas por nós: sem medo de mudar o DF.
Hoje, 11 nomes estão postos para a disputa do Palácio do Buriti. Nos bastidores, a especulação é que alguns desistam a fim de concorrer ao Senado em chapas distintas das que ocupam na atualidade.
Em meio a barganhas políticas, negociação do tempo de TV e apoio a candidatos à Presidência da República, cogita-se até que alguns candidatos ao GDF desistam e peçam autorização para concorrerem à Câmara dos Deputados. Não por acaso, os partidos mais adiantados no processo burocráticos vão sozinhos para a disputa ou em pequenas coligações.
Plano de governo
Com a documentação necessária para registrar a candidatura, os buritizáveis precisam apresentar o plano de governo – compilado de propostas que devem nortear uma eventual gestão.
Alexandre Guerra se compromete, por exemplo, a reduzir para 11 as atuais 21 secretarias que compõem a estrutura administrativa do GDF. Além disso, Guerra quer cortar em 50% os 17 mil cargos de confiança que, segundo ele, servem em boa parte como “cabide de emprego”.
O documento do PSol reúne 263 propostas, distribuídas em 72 páginas. Entre elas, o reforço do programa Saúde em Casa e a ampliação de vagas para o Ensino Superior no DF. Mais sucinto, o plano do PSTU tem 16 folhas. Entre as metas, o confisco de bens de políticos e empresários corruptos, além da desmilitarização da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que passaria a ser diretamente controlada pela população.
Apesar de ainda não ter entregado a documentação à Justiça Eleitoral, o candidato à reeleição Rodrigo Rollemberg (PSB) convocou a imprensa na noite dessa segunda-feira (13) para detalhar os projetos.
Campanha
Com o registro das candidaturas, começa também a campanha eleitoral. A partir de quinta-feira (16) os candidatos estarão autorizados a fazer comício, carreata, distribuir material de campanha e fazer propaganda na internet.
Nenhuma delas pode ser paga, deve ser de maneira voluntária. A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV começa em 31 de agosto.
Entenda
>> As candidaturas de governador e vice-governador do Distrito Federal; senador e respectivos suplentes; deputado federal e deputado distrital devem ser registradas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE);
>> Nas eleições majoritárias, a chapa deve estar completa (não será deferido registro de governador sem o vice ou de senador sem os dois suplentes);
>> Os 35 partidos devem fazer o registro até 15 de agosto;
>> Os interessados em concorrer devem ter realizado as convenções partidárias até 20 de julho e registrado ata na Justiça Eleitoral. A ata, a relação de candidatos e a lista dos presentes precisam ter sido devidamente digitadas no CANDex. A mídia precisa ter sido entregue no Núcleo de Protocolo do TRE-DF ou transmitida via internet, via CANDex;
>> A entrega do pedido de registro à Justiça Eleitoral pode ser feita de duas formas: o arquivo de transmissão de dados biográficos devem ser enviados, com arquivo complementar salvo em pen drive, à Justiça Eleitoral até as 23h59 do dia 14 de agosto; ou
>> O arquivo completo, gerado pelo CANDex e salvo em pen drive deve ser entregue à Justiça Eleitoral até as 19h do dia 15. Antes de serem encaminhadas ao TRE, todas as mídias devem estar etiquetadas com identificação do partido ou coligação. A mídia ficará retida na Secretaria do Tribunal;
>> A campanha começa em 16 de agosto. O horário eleitoral gratuito no rádio e na TV em 31 de agosto.
Fonte: Metrópoles
Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles