UE pede que Reino Unido tome posição em negociação comercial do Brexit
Negociadores indicam que podem fechar acordo no fim de semana
A União Europeia (UE) disse ao Reino Unido, nesta sexta-feira (4), que é hora de decidir que tipo de relacionamento futuro o país quer. Representantes do bloco deram a entender que os negociadores podem fechar um acordo comercial pós-Brexit já no fim de semana.
As negociações não avançaram na noite dessa quinta-feira, a menos de quatro semanas para o Reino Unido finalmente deixar a UE, no dia 31 de dezembro. Isso levou Londres a sinalizar que as chances estão diminuindo.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que liderou a campanha de desfiliação de 2016 e enfrenta atualmente a maior taxa oficial de mortes de covid-19 da Europa, é quem vai decidir se ele e o Reino Unido ficariam melhores fazendo concessões ou virando as costas.
O negociador-chefe da UE, Michel Barnier, e sua contrapartida britânica, David Frost, vêm tentando, há semanas, encontrar um meio-termo quanto à pesca, à ajuda estatal e à maneira de resolver qualquer disputa futura.
As conversas estão chegando ao limite. Líderes do bloco podem ter uma reunião separada sobre o Brexit neste mês, mais provavelmente após uma cúpula já agendada para 10 e 11 de dezembro.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a verdadeira pergunta é: qual o projeto político, econômico e social eles querem para seu próprio futuro, acrescentando que o questionamento é para o governo britânico e o povo britânico”.
Michel Barnier, que está em Londres para as conversas, disse que esta sexta-feira é um dia importante.
O Reino Unido saiu formalmente da UE em 31 de janeiro, mas desde então passa por um período de transição durante o qual as regras para comércio, viagens e negócios continuam inalteradas. A partir do fim do ano, ele será tratado por Bruxelas como um terceiro país.
Se os dois lados não chegarem a um acordo, o processo de separação de cinco anos do Brexit terminará de forma caótica, no momento em que a Europa lida com o custo econômico abrangente do surto de covid-19.
* Com informações da Reuters