Vice-presidente dos EUA pede a países da OEA sanções contra Venezuela

 

Mike Pence pediu ainda a suspensão das eleições

vice-presidente dos EUA, Mike Pence, pediu aos países da OEA (Organização dos Estados Americanos) sanções contra o regime de Nicolás Maduro, a quem exigiu a suspensão das eleições do próximo dia 20 na Venezuela.

Em visita à sede do órgão nesta segunda-feira (7), Pence chamou o pleito de fraude e defendeu que outros Estados congelem ativos e cassem os vistos de membros da ditadura, a exemplo do que fez a Casa Branca.

“Não haverá eleição real na Venezuela em 20 de maio e o mundo sabe disso”, disse. “Toda nação livre reunida aqui deve tomar medidas mais fortes para apoiar o povo venezuelano e enfrentar seus opressores.”

Ao mandatário, fez um chamado para que “abra a Venezuela para ajuda internacional, e abra agora”, o que Maduro se nega por considerar que não há crise humanitária e que fomentaria uma intervenção estrangeira no país.

Desde o anúncio das eleições, os EUA dizem que não as reconhecerá. A votação foi boicotada pela maior parte da oposição, cujos principais líderes estão presos, inelegíveis ou no exterior devido à perseguição do regime.

O discurso de Pence, o primeiro de um vice americano desde 1994, ocorreu sem a delegação venezuelana. Minutos depois, porém, o embaixador do país na ONU, Samuel Moncada, chamou-o de uma farsa e uma monstruosidade.

Ele disse que não há possibilidade de a votação ser suspensa e que, ao defender sanções, disse que Pence pediu à OEA um crime internacional. “A Carta da OEA proíbe medidas coercitivas, para evitar que atuem como mafiosos.”

Segundo Moncada, a delegação não participou da sessão porque a mesa diretora da organização negou a instalação de um microfone em sua mesa para replicar Pence. “Foi uma armação e uma vergonha internacional.”

No mesmo discurso, Pence anunciou as sanções a Pedro Luis Martín Olivares, ex-diretor de Inteligência Financeira dos serviços de inteligência venezuelanos, a dois de seus sócios e a 20 empresas acusados de narcotráfico.

Martín foi acusado em 2015 pela Justiça da Flórida de associação para distribuir drogas nos EUA. O Departamento do Tesouro afirma que ele se aproveitou da posição para facilitar a movimentação dos traficantes na Venezuela.

“Martín facilitou o movimento de várias toneladas de cocaína e utiliza vários métodos de lavagem de dinheiro, incluindo o traslado de dólares americanos por avião, mensageiros e contratos com terceiros”, detalhou.

Ele trabalhava diretamente com Hugo Carvajal, militar de confiança de Hugo Chávez (1954-2013) que foi designado em 2008 traficante de drogas pelos EUA. Martín, porém, não tem influência política no regime de Maduro. Com informações da Folhapress.

 

Fonte: Notícias Ao Minuto

Foto: Chris Keane / Reuters

 

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